Kiki Bispo critica proposta de fundo público de R$ 3,6 bilhões para campanhas: “eu não sou favorável. O momento não é ideal para se criar um fundo partidário com esse valor”

Crédito: Mathias Jaimes/TV Servidor

Ao acompanhar a discussão sobre a proposta de reforma politica na Câmara dos Deputados no que diz respeito ao sistema político e ao financiamento de campanhas eleitorais ideais, o presidente da Comissão Especial da reforma política na Câmara Municipal, vereador Kiki Bispo (PTB), criticou o fundo publico proposto de R$ 3,6 bilhões ao dizer que é totalmente desproporcional, mas defende que o sistema político precisa ser reformado de alguma forma.

“O sistema privado tem que ser realmente extirpado,  mas é preciso encontrar uma solução razoável. Você não pode estipular que o conttibuinte pague e arque com a campanha política com R$ 3,6 bilhões, isso levando-se em conta que já existe o fundo partidário em que nos partidos recebem dinheiro. Somado a isso será um valor muito grande pago pelo contribuinte. Eu não sou favorável ao valor que foi proposto. Eu penso que até quarta ou quinta-feira, o projeto deve ser votado na Câmara. Espero contar com a sensibilidade dos deputados, porque realmente, o momento não é ideal para se criar um fundo partidário com esse valor”, critica Kiki.

Em relação a defesa do sistema Distritão pela maioria dos parlamentares, que é alvo de críticas da oposição na Câmara dos Deputados, por considerarem que o modelo proposto atende interesse de parlamentares interessados na reeleição, o vereador disse que  há um grande dilema devido ao prazo curto para apreciação e votação das propostas até o dia 7 de outubro para fazer as mudanças de matérias que requer o mínimo de consenso.

“O que se tem buscado é o entendimento da Câmara dos Deputados de que o sistema proporcional é deficitário,  ruim e injusto, porque, as vezes, acaba elegendo candidatos com menos votos do que quem teve mais votos, e sequer, dar uma alternativa, mas a alternativa dentro dessa reforma tem que ser uma alternativa razoável. Com o Distritão, vai para o lado justo, elegendo os mais votados, mas em contrapartida acaba excluindo as agremiações partidárias. Por conta dessa situação criada em Brasília se trata do Distritão Misto,  quer dizer, é a possibilidade de votar no candidato, mas também, ao mesmo tempo, possibilita votar no partido em desprezar os votos que os partidos receberam. Acho que a diminuição ou exclusão dos partidos foi o que travou a questão do Distritão Misto, que é um outro modelo levantado e discutido na semana passada,, porque o Distritão foi criticado pelos políticos e partidos. Por isso, se criou a figura do Distritão Misto.  O Distritão Misto me parece mais razoável, porque contempla os mais votados e, ao mesmo tempo, permite que o eleitor possa votar no partido político quanto ao conteúdo programático das idéias que tem que ser levado em conta”, defende.

Para saber se há consenso entre os vereadores quanto ao modelo ideal a ser apresentado como contribuição para a reforma política geral construída e desenvolvida pela Câmara dos Deputados, o presidente do colegiado especial no legislativo Municipal disse que a discussão é muito grande, mas adianta que o sistema Distritão é defendido pela maioria. “Acredito que até pra semana será definido”, disse Kiki.

Rafael Santana

 

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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