Colegas de partido descartam salvar Geddel

Crédito: Ailton de Freitas/Agência O Globo

A vida não está fácil para os políticos baianos de sobrenome Vieira Lima. Geddel que já estava em prisão domiciliar desde julho por  supostamente pressionar o doleiro Lúcio Funaro a não realizar a delação premiada, foi novamente preso na semana passada pela Polícia Federal no âmbito da Operação Tesouro Perdido. Na ocasião, foram encontrados R$ 51 milhões – maior apreensão de recursos financeiros do Brasil – espalhados em malas e caixas de papel na sala de um apartamento que foi apelidado de bunker.

Para piorar a situação  o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB), que não aparece na Câmara desde a prisão desde a prisão de Geddel, também poderá ser incluso no processo. Na quarta-feira (13), juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, autorizou a PF a enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma medida cautelar onde aponta que existem “sinais de provas” que ligam o deputado e irmão de Geddel, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) à Operação “Tesouro Perdido”, e podem levar ao indiciamento pelo crime de lavagem de dinheiro.

O cenário que já está complicado, pode complicar ainda mais. Nos corredores da PF há quem diga que o ex-diretor- geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal) e aliado de Geddel, que já havia em depoimento afirmado que havia pegado o dinheiro em São Paulo a pedido do ex-ministro de Michel Temer, poderá também acertar acordo de delação premiada. A possibilidade não apenas poderá piorar a situação de Geddel, como pode também expor outros possíveis destinatários da fortuna encontrada no apartamento.

Tantas manchetes negativas atingiram em cheio o partido. Um dos representantes mais ativos do PMDB e principais defensores o presidente Michel Temer, deputado Carlos Marun (PMDB-MT), desta vez não conseguiu proteger o correligionário.

“Vejo que a PF realizou um bom trabalho no que tange ao Geddel.  Ela investigou e foi atrás de provas. Salvo provem o contrário, que entendo ser muito difícil, provou que o ex-deputado Geddel cometeu atitudes ilícitas para guardar uma fortuna daquela dentro de um apartamento.  Digo isso com profunda tristeza, mas existem provas que justificam essa situação difícil que está sofrendo”.

Marun, que esta semana recebeu a relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a JBS, deu o tom de como deverá ser formado o relatório ao criticar a importância que se tem dado às delações premiadas, quando fez a defesa do deputado Lúcio Vieira Lima.

“Eu sou contra se conceder um elevado crédito à delações. Em relação ao Lúcio, que é nosso colega, e tenho bastante apreço, até agora eu não vi essas evidências. Não vi essas provas. Talvez seja mais uma atitude açodada que se coloca contra políticos em função do que as coisas, em princípio, parecem”.

De acordo com Marun, que também é um dos vice-líderes do PMDB na Câmara, a situação da legenda após esse caso gera fragilidade. “Acredito que na Bahia, ao menos, isso deve ser um baque. Em nível nacional também. São pessoas queridas por todos nós, mas são situações que temos que enfrentar. Tenho a mais absoluta certeza, que na sua grande maioria, o PMDB é um partido composto por pessoas que querem o bem do Brasil.

Aliança

Quem elogiou também PMDB foi o vice-líder do governo, deputado Elmar Nascimento (DEM). O democrata, que preferiu não comentar o caso dos irmãos Vieira Lima, lembrou que a legenda é a maior do Brasil e que ambas siglas vão continuar tendo boa interação.

“Não muda nada na nossa relação  O PMDB é maior do que qualquer pessoa. É o maior partido do Brasil, com muita história. As pessoas passam e o partido fica. As vezes de situações como essas, o partido renasce até mais forte”.

A sinalização positiva para Elmar é um alento ao PMDB baiano. Isto porque há uma negociação em andamento para os partidos façam parte de uma mesma chapa em que teria ACM Neto como candidato ao governo do estado.

“Vamos avaliar a formatação da chapa mais forte. Isso implica, além de partidos, os nomes que esses partidos têm a oferecer. Só no momento adequado isso vai ser analisado. O PMDB não está descartado. Tem vários quadros no partido. Podem entrar outros nomes”.

Fonte: A TARDE BSB

 

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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