
O advogado de defesa de Geddel e Lúcio Vieira Lima (PMDB), Gammil Foppel, declarou à imprensa nesta terça feira (17), que a operação da Polícia Federal denominada de “Tesouro Perdido”, como desdobramento da “Cui Bono”, com ação de busca e apreensão na casa e no gabinete do deputado federal Lúcio Vieira Lima foi “absolutamente desnecessário”. O advogado havia encaminhado três petições ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator da Lava Jato, para que o deputado Lúcio esteja à disposição da justiça para prestar depoimento e apresentar documentos e provas mediante intimação, sem a necessidade de uma ação ostensiva da PF como a que ocorreu na segunda.
“É algo absolutamente desnecessário. Nós temos três petições formalizadas, informando ao ministro Fachin que se houvesse necessidade de prestar depoimentos, entregar documentos e fornecer equipamentos, que ele estava a disposição. Rigorosamente, tudo o que foi feito ontem poderia ter sido feito, bastava uma intimação. O que foi feito ontem foi absolutamente desnecessário. A única coisa que se lamenta nisso tudo, mais uma vez, é a violação das prerrogativas dos advogados. A decisão foi cumprida hoje e até 20 minutos atrás, nós ainda não tivemos acesso ao teor da decisão. Passadas mais de 24 horas, nós não tínhamos acesso ao teor da decisão”, explica Foppel.
O advogado declarou que vai responder judicialmente em defesa do deputado Lúcio Vieira Lima, assim que tiver acesso ao inteiro teor do procedimento. “Acho, com todas as licenças possíveis, uma medida absolutamente desnecessária como foi feita. A própria evidência da demora em decidir isso demonstra a ausência de cautelaridade e continuamos insistindo para ter acesso ao inteiro teor do procedimento. As pessoas, às vezes, divulgam informações parciais e truncadas, mas nós estamos precisando ter o acesso ao inteiro teor do procedimento que não tivemos até hoje”, reclama o advogado.
Mathias Jaimes e Rafael Santana