
A polícia identificou a mulher cujo corpo foi encontrado na manhã desta terça-feira (14), no edifício Catabas Empresarial, na avenida Tancredo Neves, em Salvador. Daniela Bispo dos Santos, 38 anos, era jornalista e trabalhava na empresa Call Tecnologia, que presta serviços para o Ministério dos Direitos Humanos, com atendimento a vítimas de agressões. O corpo apresentava marcas de facadas e pancadas na cabeça.
De acordo com a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações da Bahia (Sinttel), Edila Rios, a funcionária trabalhava com cerca de 20 pessoas no turno da noite, além de outras 380 que atuavam durante o dia. Nesta segunda-feira, 13, por volta de 18h30, ela deixou o local para ir a uma farmácia mas não retornou, causando preocupação nos colegas. Eles chegaram a fazer uma campanha nas redes sociais informando o desaparecimento de Daniela.
Já na manhã de terça (14), por volta de 7h30, um funcionário do local seguiu um rastro de sangue no sexto e último andar – onde fica a administração do prédio, que funciona até as 18h – e localizou o corpo da vítima, que estava na escada de emergência do quinto andar. Este pavimento não é ocupado por nenhuma empresa.
Conforme o capitão Salles, da 35ª Companhia Independente de Polícia Militar (35ª CIPM / Iguatemi), o crime foi cometido entre 19h e 20h, e tudo indica que a vítima entrou em luta corporal antes de ser assassinada, pois há vestígios de sangue nas paredes da cena do crime.
A polícia trabalha com duas hipóteses de motivação do crime: crime passional ou a suspeita de que ela estaria grávida.
De acordo com o capitão, as imagens das câmaras de segurança já foram enviadas para a análise e mostram um homem entrando no elevador, trajando bermuda e carregando uma mochila, que é considerado suspeito. A identidade dele é desconhecida.
Segurança
“Vamos cobrar da empresa mais segurança no local, porque os únicos vigilantes circulam apenas dentro do prédio, ou seja, qualquer pessoa pode passar pela portaria”, enfatiza a diretora do sindicato.
Após o caso vir à tona, cerca de 20 funcionários passaram mal, e três deles foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Apesar disto, o expediente ainda não foi suspenso.
Uma equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizou a perícia e removeu o corpo da vítima por volta de 11h30. Policiais militares e civis acompanharam a situação, assim como familiares de Daniela. Ela deixa dois filhos.
O caso será investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), cuja delegada titular é Milena Calmon.
Fonte: A TARDE On Line