
A vereadora Ireuda Silva (PRB), vice-presidente da Comissão da Reparação da Câmara Municipal de Salvador, repudiou o ato racista de um torcedor do time argentino Independente contra torcedores do Flamengo, durante partida da final da Sul-Americana. O homem em questão gesticulou imitando um macaco, dirigindo-se aos brasileiros presentes no Maracanã.
Para a republicana, autora do projeto que institui o Dia Municipal de Combate ao Racismo no Esporte, episódios como esse persistem devido à impunidade. “Manifestações racistas em estádios de futebol e em outras competições esportivas nunca terão fim se não houver punições severas. Na verdade, há uma institucionalização da impunidade. Um sacripanta como esse deveria ser proibido de voltar a um estádio. Por que ele não ficou em casa? Não sabe que o Brasil é um dos países mais negros do mundo?”, pondera a vereadora.
Sem limites
Ireuda Silva disse esperar que o Flamengo, a CBF e demais instituições esportivas se manifestem contra este e outros episódios que se tornaram comuns nos estádios. No ano de 2017, segundo ela, “o preconceito se alastrou pelo mundo como uma erva daninha”. E completou: “Parece que estamos em um grande manicômio, sem limites e pudores. É assustador pensar aonde isso vai nos levar. As distopias literárias estão cada vez mais perto de se tornarem reais”.
Em novembro, Mês da Consciência Negra, a vereadora realizou audiência pública sobre racismo no esporte e suas consequências para a sociedade.
Fonte: Secom/CMS