
As atrações, programação, ações e serviços, entre outras novidades que mais uma vez vão marcar o Carnaval de Salvador foram apresentados pelo prefeito ACM Neto, na tarde desta quinta-feira (1), no Teatro Gregório de Mattos. A festa deste ano conta com desfiles de trios sem cordas com o apoio da Prefeitura, além de 250 apresentações gratuitas nos palcos nos bairros e nas ilhas da cidade. A folia terá mais de mil horas de música com mais de 19 mil artistas envolvidos que vão desfilar em 709 entidades, trios e blocos. Os números representativos indicam que o Carnaval deste ano será diferenciado para marcar a maior festa de todos os tempos.
Serão mais de 1000 horas de música e mais de 19 mil artistas envolvidos, incluindo as grandes estrelas da música baiana. Serão 709 desfiles de entidades, trios e blocos que irão se apresentar nos circuitos oficiais. “Este número é o mais expressivo de todos os tempos”, destaca o prefeito.
Além disso, serão 256 apresentações nos palcos espalhados pelos bairros e pelas ilhas. “Portanto, também é um número recorde de apresentações musicais no Carnaval de 2018 com o maior número de shows nos bairros de Salvador”, destaca ACM Neto.
A folia conta ainda com 162 apresentações sem corda apoiadas diretamente pela Prefeitura. “Não estamos apoiando nenhuma atração de fora da Bahia com recursos do município. Todos os artistas e bandas que estão sendo apoiadas pela Prefeitura são bandas genuinamente baianas, artistas da Bahia. Pra gente, isso é muito importante, porque em determinado momento se discute porque o Carnaval está sendo invadido pela música eletrônica, pelo sertanejo, pelo forró etc. De maneira alguma. O que a gente procura é mostrar a grande diferença que Salvador tem para apresentar ao Brasil, que é, exatamente, o talento, o brilho e o encanto dos nossos artistas que são as pratas da casa”, enaltece Neto. A Prefeitura tomou a decisão de não apoiar nenhuma atração que não seja da Bahia. Nós só estamos apoiando bandas, cantores e artistas da Bahia. Todos que estão sendo contratados pela prefeitura são baianos. É preciso valorizar a música baiana, inclusive, sobretudo, aqueles que estão começando e que não tem apelo comercial e que não vão conseguir vender abadás, porque estão no início, mas no futuro podem se revelar como grandes nomes da música, gerando emprego e ajudando a diminuir a desigualdade social em nossa cidade”, completa.
O grande diferencial apresentado pela Prefeitura durante o Carnaval será também o fortalecimento do circuito do Centro, o Campo Grande, conforme disse Neto. “Há muito tempo que o Campo Grande não tinha a quantidade de atrações que vai ter no domingo, na segunda e na terça. A gente entende que isso é importante para a cidade, para a economia de Salvador, os empregos que são gerados direta e indiretamente pelo Carnaval e importante também para o folião que não vai se concentrar apenas no Barra-Ondina, mas vai ter a possibilidade de seguir atrás do seu artista preferido, seguindo o trio sem corda”, anuncia.
O espaço nos circuitos para os blocos de Carnaval e os trios sem corda mostra que o Carnaval é uma festa democrática, segundo o prefeito. “Não adianta imaginar que o poder público ou que o empresário vai conseguir controlar o desejo do folião. Eu acho que é um processo crescente que o folião que quer sair no bloco, mas que quer sair também sem corda. A Prefeitura tem como obrigação garantir nos dois principais circuitos da folia as grandes atrações se apresentando. Nós fizemos tudo isso conversando com os empresários. Essa grade foi montada a partir do momento que os blocos disseram se iam ou não sair. A Prefeitura esperou a definição dos blocos. Não houve anúncio antecipado e, por isso, deixamos esse anúncio para bem perto do Carnaval, com o dever de olhar pelo interesse público do folião, que é o nosso maior propósito. Nós estamos anunciando essa grade que é a mais completa de todos os tempos e que vai permitir, sobretudo, a retomada do Circuito do Campo Grande”, afirma Neto.
O prefeito anunciou antecipadamente que a inauguração da Casa do Carnaval será na próxima segunda-feira (5), que é uma espécie de Museu do Carnaval. “É um equipamento belíssimo para a cidade, que é um sonho antigo de Salvador, que vai servir não só para o baiano, mas também para o turista conhecer o Carnaval, algo que tem um elemento econômico importantíssimo”, descreve.
O Carnaval deste ano terá um investimento total de R$55 milhões, sendo R$ 35 milhões dos patrocinadores da iniciativa privada e R$ 20 milhões oriundos de recursos do município para viabilizar ações e serviços públicos durante a folia. “Não estamos apoiando com recursos do município nenhuma atração de fora. Buscamos valorizar o brilho e o encanto dos nossos artistas”, afirma o prefeito.
Para o gestor, com o apoio da iniciativa privada, a Prefeitura consegue ampliar o nível de investimento e de estrutura de serviços essenciais à população durante o Carnaval. “Não há no Brasil e, creio que no mundo, um evento deste tamanho que reúna mais de 2 milhões de pessoas na ruas com esse nível e qualidade, o que é algo único em Salvador. A presença dos patrocinadores colabora para que a Prefeitura tenha recursos para viabilizar ações e serviços, inclusive, garantindo que a Prefeitura economize recursos destinados à educação, a saúde, a habitação e a infraestrutura etc. Hoje, Salvador gasta menos com festas do que gastava quando eu cheguei a Prefeitura, exatamente, porque nós fomos capazes de buscar parcerias da iniciativa privada. O investimento total chega a R$ 55 milhões, sendo que R$ 35 milhões virão da iniciativa privada que entra com a maior fatia no financiamento da festa”, explica.
Mathias Jaimes e Rafael Santana