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O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou na segunda-feira (26), que deixará o cargo em abril para disputar a Presidência da República. Filiado ao PSD, que negocia aliança para apoiar Geraldo Alckmin, do PSDB, e também com partidos como PRB, PSC e PHS, o ministro deve deixar a sigla para filiar-se ao MDB de Michel Temer caso sua candidatura não decole nos próximos dois meses.
No comando da Fazenda desde maio de 2016, Meirelles já ocupou o comando do Banco Central durante os mandatos de Lula e Dilma, entre 2003 e 2011, e nunca escondeu sua pretensão eleitoral. Na era Temer, o ministro acumula dados positivos, como a recuperação econômica em 2017, a retomada da criação de vagas de emprego, a queda na inflação e aumento na receita de 10% registrada no último ano. A Bolsa de Valores de São Paulo viu com pessimismo a saída do atual ministro e registrou queda de 0,10% no mercado futuro de ações. São cotados para o cargo o secretário executivo da pasta, Eduardo Guardia, e também o secretário de Acompanhamento Fiscal, Mansueto Almeida. O ministro do Planejamento Dyogo Oliveira também é cotado para o cargo, conforme apurou a reportagem de A TARDE ao longo do dia.
Desde a última semana, Michel Temer tem levado o ministro da Fazenda em diversos eventos públicos. Em uma viagem por estados do Nordeste na última semana, Meirelles acompanhou Temer e concedeu diversas entrevistas, nas quais não tem evitado falar sobre o tema eleitoral.
Chapa Temer/Meirelles
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comentou ao longo do dia aos jornalistas, que “é uma decisão do MDB de fazer uma chapa puro-sangue, mas eu não tiro a legitimidade de ninguém até porque o DEM terá também pré-candidato e para a disputa eleitoral no primeiro é bom que tenhamos um bom número de candidatos”, admitiu, ao referir-se à sua própria pré-candidatura lançada durante a convenção nacional realizada no último dia 8. O partido de Meirelles, o PSD, não se pronunciou até o fechamento desta edição.
Fonte: A TARDE SP
