Sem querer demonstrar a pretensão de ser candidato ao governo do estado, já que é um dos nomes cotados para disputar o pleito estadual, inclusive lembrado por lideranças do PSD, o presidente estadual do partido, senador Otto Alencar, com um discurso em um tom mais institucional do que político durante o evento de posse do vereador Edvaldo Brito como presidente da legenda em Salvador, no auditório do Centro Cultural da Câmara, na noite de quinta-feira (27), descartou a possibilidade de uma candidatura à sucessão em 2018.
“Não está na minha cabeça isso. Termina a eleição e sempre se fala de tudo, se especula de tudo. Eu estou no mandato de senador e pretendo continuar meu mandato de senador. Em política, a gente só toma a decisão quando o momento exige. A gente vai decidir isso lá em março de 2018. Minha pretensão é continuar na aliança com o governador Rui Costa e com todos os aliados”, declara Otto.
Ao fazer o balanço do PSD nas eleições municipais deste ano, Otto destacou o desempenho do partido na Bahia e evitou tecer comentários sobre a baixa do PT no estado. “Ganhamos em 86 municípios da Bahia e agora é procurar organizar as coisas, contemplar de alguma forma a todos, pois o atendimento na política é fundamental. Eu não quero fazer nenhuma crítica, absolutamente, a articulação do governo, mas a queixa não é so do PSD, é do PP e do PT. O PT tinha 90 e poucos prefeitos e foi para 39. Em toda eleição, tem essa febre e toda febre baixa com aspirina e ela melhora”, ameniza o senador.
Durante o ato de posse de Edvaldo Brito como presidente do partido em Salvador, o senador lembrou a orientação da liderança do PSD para votar contrário ao processo do impeachment contra a então e hoje ex-presidente Dilma Rousseff.
“Foi uma pressão do meu partido, o PSD, na votação do impeachment da Dilma. Eu votei duas vezes contra o impeachment. Os cinco deputados federais que são da minha liderança votaram contra o impeachment e foram comigo até o fim. Se tem uma coisa que eu tenho é compostura política dentro da aliança. Não sou de mudar de caminho ou de caminhada por qualquer coisa que seja. O momento agora é procurar ajudar Rui Costa nas obras e na atuação política. Vamos ver o quadro atual e contemplar aqueles que tiveram um desempenho bom na aliança”, destaca.
O senador comentou também sobre a aprovação em segundo turno da PEC 241 que estabelece teto ou limite de gastos públicos por 20 anos. “A PEC é para ajudar o Brasil. Ou se toma uma posição para se gastar menos do que arrecada ou então o país vai à falência. Hoje, a dívida pública já está em 68% do PIB e não pode crescer mais do que isso. A PEC é para conter os gastos. Em três anos, de 2013 à 2016, a dívida cresceu 17% muito mais do que a inflação. É um absurdo. Isso quebra o país. E a PEC é para o país na quebrar”, defende.
Rafael Santana/Foto: Rafael Santana/TV Servidor