
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), criticou ontem as manifestações que travaram alguns pontos da cidade ao longo do dia, como o Campo da Pólvora, em Nazaré, e a Avenida ACM. Segundo o democrata, os atos atentam contra a democracia.
“São manifestações que têm viés político. Já fomos informados sobre o que é que motiva essas manifestações, que juntam 20 ou 30 pessoas e para uma avenida inteira da cidade, atrapalhando a vida de milhares”, disse. “Sou a favor de manifestações, defendo a democracia, a liberdade das pessoas reivindicarem, só que o que está acontecendo não é manifestação. Estamos avaliando tudo o que está por trás dessas manifestações, primeiro para denunciar, mostrar a motivação, e depois para agir com a devida capacidade de garantir a ordem na cidade”, acrescenta.
Neto disse ainda que se trata de uma “baderna organizada por alguns que querem ganhar dinheiro”. As manifestações foram realizadas por movimentos sociais contra as reformas do governo federal, a exemplo da previdenciária e da trabalhista, e representam uma extensão dos atos que aconteceram no último dia 15, também criticados por aliados do prefeito. O secretário de Trabalho, Esportes e Lazer, Geraldo Júnior, também se mostrou contra a maneira como o evento foi conduzido. “O direito à manifestação é legítimo, mas não podemos deixar que forças ocultas e obscuras prejudiquem o processo da democracia”.
“Não quero ter nenhum tipo de entendimento político com o deputado federal Marcoos Medrado”
Com o retorno da deputada federal Tia Eron (PRB) à Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), o superintendente do Procon na Bahia, Marcos Medrado (PR), já confirmou que irá para a Câmara dos Deputados. Passadas as especulações, o prefeito ACM Neto (DEM) refutou que tenha tido qualquer conversa com Medrado. “Eu já tinha dito que não dialogo com o deputado federal Marcos Medrado, não quero ter nenhum tipo de entendimento político com ele.
A decisão do retorno de Tia Eron foi minha e dela, quando as coisas se resolveram em Brasília, ela então pôde voltar para a prefeitura”, garantiu. “Então, não há nenhum tipo de acordo. Não quero, nem hoje, nem amanhã, qualquer tipo de entendimento com o deputado Medrado”, reforçou.
A informação vem após seus auxiliares tentarem trazer o republicano, que é o quarto suplente do ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB), para o lado do Executivo municipal. Medrado, entretanto, reiterou seu apoio ao governador Rui Costa (PT) em entrevista à Tribuna na quinta (30), e, ontem, ele admitiu que houve conversas com o Palácio Thomé de Souza. Suas sucessivas recusas teriam deixado o prefeito “nervoso”.
Fonte: Tribuna da Bahia