ACM Neto lança oitavo e último eixo do Programa Salvador 360 – Cidade Criativa para fomento à Arte, Cultura e Audiovisual

Salvador terá um grande estimulo e incentivo no processo de fomento à Arte, a Cultura e o Audiovisual no sentido de potencializar o interesse turístico do público nacional e internacional pela cidade por meio do oitavo e último eixo do programa Salvador 360, chamado de Cidade Criativa, lançado na tarde desta terça-feira (30), pelo prefeito ACM Neto que detalhou as 29 ações no estacionamento ao lado do Terminal Marítimo, na Avenida da França, no Comércio.

Os núcleos de audiovisual, fotografia, mídia, gastronomia, games, artes, literatura, música e artesanato são as áreas contempladas por este eixo do Salvador 360. Esta etapa do Programa apresenta projetos, a exemplo do Salvador Filmes, que vai fomentar a produção audiovisual na cidade. Eventos como o Salvador Mídia Festival Week e o Salvador Gourmet serão implantados na cidade, assim como o fortalecimento de editais na área de cultura e até o surgimento de musicais desenvolvidos para a área teatral.

Para estimular e incentivar a indústria criativa na cidade, o prefeito ACM Neto destacou a relevância deste ultimo eixo, transformando boas ideias em ações concretas e efetivas nas varias formas de arte, cultura e audiovisual como política pública. “É preciso pensar nas diversas matizes nesta chamada Economia Criativa, entendendo esse potencial da nossa cidade. Tem algo que pode parecer cliché, mas é algo absolutamente verdadeiro: o que diferencia Salvador das outras cidades do Brasil é, exatamente, a nossa gente, o nosso povo. O que pode tornar Salvador uma cidade exportadora para o Brasil e para o mundo é o estímulo às questões que estão ligadas à nossa vocação”, destaca ACM Neto.

Na oportunidade, o prefeito fez um retrospecto da implantação do Salvador 360 ao lembrar que o Programa está costurado em oito eixos que, somados, totalizam 360 ações e iniciativas lideradas pela Prefeitura com o objetivo fundamental de ativar a economia na cidade.

“Ao longo de 2017 quando foi lançado cada um dos eixos, a gente foi amadurecendo esse trabalho e desenvolvendo uma consciência crítica à respeito dos ajustes que nós precisaríamos fazer no acompanhamento da execução de cada uma das ações que haviam sido pensadas para o Programa Salvador 360. Me surpreendeu a rapidez que a gente começou a dar execução a esse conjunto de ações. É um programa com visão de médio e longo prazo com impacto futuro para a cidade e que boa parte dessas ações seriam maturadas ao longo do tempo”, explica.

Com menos de um ano do lançamento do programa Salvador 360, a Prefeitura já conseguiu estruturar os oito eixos. Segundo o prefeito, boa parte dessas ações tornaram-se realidade e já impactam diretamente no dia a dia da nossa cidade, alcançando o objetivo maior que é “fazer com que Salvador saia da crise para gerar volume de empregos, garantindo distribuição de renda, saindo daquela posição vergonhosa de primeira capital ou Região Metropolitana em desemprego”. “Nós já saímos, já não ocupamos mais essa posição. Os dados do Caged mostram que até dezembro do ano passado foram criados 50 mil novos postos de trabalho de carteira assinada em nossa cidade. Isso é uma conquista, porque parte desses postos estão relacionados diretamente às ações desenvolvidas e implementadas pelo Programa Salvador 360”, ratifica.

Diante de uma seleta platéia de artistas, intelectuais e profissionais da arte, da cultura e do audiovisual, o secretário de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), Sérgio Guanabara, ressalta a força e a importância da Economia Criativa nos dias de hoje em Salvador que envolvem diversos segmentos artísticos e culturais, ao citar o exemplo da criação da Fobica por Dodô e Osmar nos anos de 1950.

“Salvador já possuía uma economia criativa muito original, muito antes que o termo tivesse sido inventado ou difundido. A velha Fobica dos amigos Dodô e Osmar, surgida nos anos 50, por exemplo, ao alinhar criatividade e inovação pela transformação do nosso Carnaval e, por consequência, com a implantação da moderna indústria do entretenimento na cidade que conhecemos hoje como Economia Criativa, uma cadeia produtiva surgida a partir do invento de Dodô e Osmar passou a envolver não só a música, mas também a mídia tradicional, as novas mídias, o design, a publicidade, o audiovisual, entre outros domínios, tornando-se ao longo do ano como uma das principais vertentes econômicas e também uma das mais singulares marcas da nossa cidade. Isso é o que nos distingue das demais cidades brasileiras, juntamente, com o imenso e valoroso patrimônio histórico, cultural e artístico, uma marca que, inclusive, conferiu com prestígio internacional a nossa cidade, a nossa querida Salvador reconhecida pela UNESCO com o título de Cidade da Música”, destaca o secretário.

Segundo Guanabara, o oitavo eixo do Programa Salvador 360 mapeia novas oportunidades nos vários segmentos da Economia Criativa, apoiando obras e seus criadores para que consigam transformar em realidade o que não passava de sonho no campo do audiovisual, da fotografia, da gastronomia, feiras, música, moda, entre outros através do Programa Salvador 360 Cidade Criativa.

De acordo com o secretário de Cultura e Turismo (Secult), Cláudio Tinoco, o apoio a arte, a cultura, aos artistas e o estímulo aos Youtubers em produção de conteúdo audiovisual na cidade do Salvador é um incentivo da Prefeitura à indústria criativa na cidade. Para Tinoco, a Casa do YouTube, que será inaugurada na proxima semana, traz, evidentemente, um patamar muito maior de projeção do audiovisual.

“Hoje, o Youtube é uma das maiores ferramentas digitais de projeção e promoção desses vídeos. A Casa do YouTube tem em poucas cidades do mundo. É um espaço de estúdio para geração de vídeos que visa potencializar o interesse nacional e internacional para Salvador”, explica o secretário. No conteúdo para a produção de audiovisual, serão trabalhados temas como música, estilo de vida, entretenimento, humor, sempre associando as áreas requalificadas na cidade, onde terá cursos e workshops de música, dança e espaço de convivência. O espaço estará aberto a visitação para o conhecimento das ações e produção de audiovisual. A Casa do YouTube fica localizada na Barra, na antiga Casa Cor.

Envolvido pela Indústria Criativa, o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edwington, menciona que o sentido deste eixo é voltado ao desenvolvimento econômico da cidade.

“Eu costumo dizer que a cidade do Salvador não produz computadores, veículos, automóveis, pneus, mas a Indústria Criativa é a produção master na cidade. A gente produz experiência que está ligada à criatividade, e a criatividade nada mais é do que a criação de valor na medida que repercute na plataforma de eventos da cidade, a exemplo do Carnaval, no Festival da Cidade, entre outras atividades baseadas na Economia Criativa, valorizando os nossos artistas para mostrar a pujança dessa economia instalada na cidade e todas as atividades e eventos da Prefeitura estão conectadas a Economia Criativa”, pontua Isaac.

Defensor da arte, da cultura e do audiovisual que fazem parte também da chamada Economia Criativa em Salvador, o presidente da Fundação Gregório Fernando de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, defende o que ele chama também de “Industria Criativa”, a exemplo Carnaval, do Réveillon e dos eventos artísticos e culturais que, segundo ele, tem sustentado a cidade, ao contrário do entendimento da população.

“Existe uma frase que eu sou contra: que Salvador só começa a rodar em março. Não. Salvador, muito pelo contrário, começa a rodar antes de março, porque a gente tem uma ideia equivocada que Carnaval e Réveillon não é trabalho. Isso é uma coisa que está arraigado na cabeça das pessoas. Isso é uma indústria que tem sustentado a cidade do Salvador e as pessoas continuam não entendendo como isso funciona, a chamada engenharia do Carnaval, que não tem igual em nenhum outro Estado. E a Bahia sabe fazer Carnaval como ninguém sabe. Isso é Economia Criativa. Não é brincadeira. Os eventos na cidade, como o Carnaval e o Réveillon são estruturas monumentais. Isso é uma indústria crescente cada vez mais e o artista tem que ser bem remunerado nesse eixo que, pra mim, é um dos mais importantes para a economia da cidade”, defende Guerreiro.

Um dos projetos destacados pelo presidente da FGM neste oitavo e último eixo do Programa Salvador 360 é o Salvador filmes, que é um escritório de fomento de produção de audiovisual para estimular as áreas produtivas de cinema e TV. “É um núcleo importante, porque para cada R$ 1 que a gente aplica, a Ancine entra com R$ 2. O nosso orçamento vai ser triplicado pelo investimento da Ancine. Isso é uma coisa muito positiva. Em reunião com a Associação de Cinema, há 80 filmes rodando em Salvador, entre eles, seriados, animação etc. que movimenta o mercado. O que mudou foi o celular e as plataformas. Hoje, o audiovisual produz para as mais variadas plataformas, o que dá uma indústria impressionante para os artistas trabalharem. A nossa luz, as nossas histórias e a nossa fotografia são maravilhosas. É algo que tem tudo para dar certo”, enaltece Guerreiro.

Ele citou outros programas de fomento dentro deste eixo, como o Viva Cultura que começa a rodar este ano, a implementação do Fundo de Cultura para atrair mais recursos para os programas culturais, os programas de auxílio de capacitação de projetos culturais em parceria com o Sebrae e atividades desenvolvidas no Espaço ‘Boca de Brasa’, sendo um deles inaugurado recentemente no espaço multiuso do Subúrbio 360 em Coutos. O ‘Boca de Brasa’ funciona como oficina de capacitação para formar amadores em profissionais no mercado de trabalho. “Cultura em Salvador tem em todos os lugares, só precisa de apoio e estruturação”, afirma Guerreiro.

Ao prestigiar o lançamento do eixo Cidade Criativa, a representante da Cultuarte Bahia, Verônica Lemos, mencionou o trabalho implantado em 2005 que conta com o apoio do Sebrae e da Secretaria Municipal de Reparação no trabalho de educação continuada.

“O Cultuarte Bahia trabalha no fortalecimento do artesanato baiano afrodescendente. A cultura baiana tem que ser representada para que essa cultura não se perca pela falta de espaço e de vitrine. Esse programa da Prefeitura é uma grande esperança para preservar essa cultura”, acredita Verônica.

Mathias Jaimes e Rafael Santana

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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