A recente operação da Polícia Federal contra o deputado estadual Binho Galinha (Patriota-BA) revelou detalhes surpreendentes, conforme reportado pelo jornal “O Globo”. Na quinta-feira (07), a operação resultou na apreensão de um conjunto alarmante de itens: dinheiro, documentos, armas, munições e até uma mala contendo cocaína. Estes itens foram encontrados no endereço de um dos investigados, lançando luz sobre a magnitude das atividades ilegais em questão.
O Ministério Público da Bahia aponta que a organização supostamente liderada por Binho Galinha pode ter movimentado mais de R$ 100 milhões em contas bancárias ao longo da última década.
A lavagem de dinheiro, segundo as investigações, era realizada através de empresas, incluindo a loja de autopeças Tend Tudo, da qual o deputado é sócio desde 2006. Esta empresa, em particular, é suspeita de movimentar mais de R$ 40 milhões sem a devida documentação fiscal. Durante a operação, a polícia também encontrou peças de carros roubados na loja, adicionando mais um elemento ao complexo caso.
Apesar das graves acusações, incluindo lavagem de dinheiro, agiotagem e receptação qualificada, Binho Galinha não foi preso devido à imunidade parlamentar que protege deputados estaduais de detenção, a menos que sejam pegos em flagrante por crimes inafiançáveis. No entanto, a justiça comum poderá processar e julgar o deputado, já que os supostos crimes foram cometidos antes de ele assumir o cargo, não sendo abarcados pelo foro privilegiado.
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