
Opositor ferrenho do Partido dos Trabalhadores (PT), o líder do DEM na Câmara, vereador Alexandre Aleluia, criticou a posição do ex-governador Jaques Wagner de suprimir o cargo de vice, a mesma posição que é defendida pelo relator da reforma política na Câmara dos Deputados, deputado Vicente Cândido (PT-SP) que propõe em seu parecer final o fim dos vices em todas as instâncias de governo. Com isso, deixariam de existir vice-presidente, vice-governadores e vice-prefeitos.
Sobre a declaração de Jaques Wagner de suprimir o cargo de vice, vice-prefeito, vice-governador e vice-presidente, Aleluia, ao contrário do petista, defende a permanência do cargo. “Essa declaração é lamentável. A figura do vice faz parte da manutenção da estabilidade de qualquer democracia representativa e manutenção do equilíbrio institucional”, defende Aleluia.
“É lamentável. Isso mostra muito bem como ele e o PT tem tratado as instituições. O vice, seja vice-prefeito ou vice-governador ou vice-presidente, é uma instituição. Ele não pode menosprezar essa função”, critica o democrata.
Ainda em relação ao fim do cargo de vice, o relator da reforma política, Vicente Cândido, diz que esse é o ponto em que há “menor atrito”. “Até agora ninguém se levantou contra. Professores do México estiveram aqui semana passada e disseram que o país acabou com os vices em 1917, com a constatação de que vice só conspira”, diz.
Na visão do petista, o país joga “dinheiro fora” ao manter esses cargos. “Temos quase 6 mil vices no Brasil, que devem ter no mínimo mais dois cargos [de assessor]. Então, temos um exército de 15 mil pessoas que ganham para não fazer nada. Se o vice não faz nada, não tem por que ser assessorado”, completa.
Rafael Santana com informações do G1