
O debate da Super-Terça da semana passada na Câmara sobre o ‘Escola sem Partido’ rende ainda algumas polêmicas que vão além das discussões dentro e fora do Legislativo. No mesmo dia do embate, o vereador Alexandre Aleluia (DEM) foi alvo de perseguição e de hostilidade por parte de manifestantes contrários ao projeto ‘Escola sem Partido’ apresentado na Casa e defendido pelo legislador.
Em sessão ordinária na tarde de terça-feira (28), no plenário da Casa, o vereador Aleluia denunciou e criticou um vídeo ofensivo e um ato agressivo por parte de militantes de esquerda, fato que colocou em risco sua integridade física e moral.
“Eu fui perseguido. Isso não é diálogo. Eu não gosto. Não é minha política fazer esse vitimismo que o pessoal da esquerda gosta de fazer. O nível da falta de caráter é tão grande que eles estão usando um vídeo para dizer que eu fui a favor do golpe. Eu estou sendo perseguido por isso, me hostilizaram porque eu falei que existe sim professores militantes que violentam moral e psicologicamente alunos. E outra coisa. Eu tenho certeza que essa hostilidade toda foi porque eu falei que sou sim a favor do fim do imposto sindical obrigatório para a boquinha acabar. Vai acabar porque o governo é a favor do fim do imposto. Eu tenho certeza que a maioria da população e dos trabalhadores são também a favor do fim do imposto e vamos acabar com isso”, dispara Aleluia, no mesmo momento em que um manifestante presente na galeria do plenário o chamou de ‘golpista’.
No mesmo instante, o presidente da Câmara, vereador Leo Prates (DEM), que conduzia os trabalhos da sessão repudiou o coro de ‘golpista’ proferido por um dos manifestantes que estava na galeria do plenário da Casa.
“Eu não vou aceitar agressão desse tipo a nenhum vereador. Se querem democracia nesta Casa, terão democracia, mas esse tipo de ofensa a qualquer vereador será identificado pela Polícia Militar e não será permitido a entrada neste plenário. Isso não é democracia”, ordenou Prates.
Após a intervenção do presidente do Legislativo, o vereador Aleluia rebateu a ofensa e exigiu imediatamente que o manifestante que o havia chamado de ‘golpista’ seja identificado para que o mesmo seja devidamente processado pelo parlamentar.
Rafael Santana