
A Bahia foi duramente atingida pelo pacote de ajustes no Fundeb promovido pelo governo Lula, com um corte de R$ 368 milhões no orçamento para a educação em 2024, o maior entre todos os estados. A medida, aprovada pelo Congresso, transfere aos governos estaduais e municipais a responsabilidade de cobrir gastos que antes eram de competência federal, como o ensino em tempo integral.
A mudança ameaça aprofundar as dificuldades na educação baiana, já fragilizada pela gestão do governador petista Jerônimo Rodrigues.
Enquanto o governo federal tenta justificar a proposta como parte de um ajuste fiscal, o impacto direto será sentido pelos estados mais pobres, que dependem fortemente da complementação da União no Fundeb.
A Bahia lidera as perdas, seguida pelo Rio de Janeiro. Conforme o economista Camillo Bassi, o prejuízo acumulado pode ultrapassar R$ 2 bilhões até 2025, deixando escolas e alunos ainda mais desassistidos.
A reação de especialistas e parlamentares foi imediata, apontando que a medida prejudica justamente os estados que mais precisam de apoio. Apesar das críticas, o governo Lula apenas recuou parcialmente, reduzindo o corte inicial de 20% para 10% da complementação federal em 2025.
A partir de 2026, as regras voltam ao modelo anterior, mas os custos para reverter os danos causados até lá serão altos, especialmente para a Bahia, que já enfrenta desafios históricos na educação básica.