
Após 18 anos de espera e meses de angústia, Ángel Di María está de volta ao Rosario Central. O retorno do craque argentino só não aconteceu antes por causa de uma série de ameaças que colocaram sua família em risco. Em março, criminosos deixaram um recado apavorante na porta da casa de seus pais: “Se ele voltar, matamos um familiar”. Dias depois, uma caixa com uma cabeça de porco e munições foi entregue à irmã do jogador.
A ameaça dizia que a próxima cabeça seria da filha dele, Pia. “Não são só cartinhas. Houve tiros e coisas graves”, desabafou Di María. Mesmo assim, o ídolo Canalla decidiu enfrentar o medo e voltou.
Antes de vestir a camisa do clube que o revelou, Di María ainda defenderá o Benfica no Mundial de Clubes, onde enfrentará o Boca Juniors (16/6), Auckland City (20/6) e, se avançar, o Bayern (24/6).
O camisa 11, campeão da Champions League pelo Real Madrid em 2014 e autor de gols decisivos pela Argentina, é hoje símbolo de resistência em uma cidade marcada pela violência. Só em março, Rosário registrou 22,31 homicídios por 100 mil habitantes. A ministra Patricia Bullrich chamou os ataques de “narcoterrorismo”.
O governo de Javier Milei promete endurecer com a criminalidade que assola a cidade.