A candidatura do deputado estadual Ângelo Coronel (PSD) à presidência da Assembleia Legislativa é dada como certeza pelos líderes da base aliada ao governo Rui Costa (PT) na Casa.
Nos últimos dias, a bancada do partido demonstrou a intenção de lançar um nome próprio na disputa. A princípio, as previsões estavam em torno do nome de Adolfo Menezes (PSD), ligado ao atual presidente, Marcelo Nilo (PSL). Mas, tudo indica está favorável a Coronel, que é o segundo homem do senador Otto Alencar, presidente da legenda na Bahia. O movimento tenta blindar as articulações de Nilo para conseguir a reeleição ou, em último caso, garantir um parlamentar fiel a ele no cargo.
O ingresso de Ângelo Coronel na disputa tornou ainda mais incerto o resultado da sucessão no comando do legislativo estadual e o impacto sobre a articulação política ligada ao governo do Estado.
Na quarta-feira passada, o deputado estadual Luiz Augusto (PP) havia confirmado sua candidatura ao comando da Casa. Além da bancada do PP, o parlamentar conta com a afinidade de 20 representantes da oposição. Em conversas reservadas, lideranças do grupo formado por DEM, PMDB, PSDB, PRB, PPS e PV garantiram declarar voto fechado a um governista com perfil independente. O que daria a Luiz Augusto combustível para chegar a um eventual segundo turno. A dúvida, agora, é saber quem seria seu concorrente. Marcelo Nilo, até o momento, tem o apoio dos parceiros do PSL e do PT, que teme deixar o Legislativo nas mãos de um aliado sobre o qual o governo não tem domínio.
Foto: Divulgação/ALBA