
A crise política vivida pelo Brasil tem afetado de forma direta o desenvolvimento econômico nacional. Sendo agravada com o desequilíbrio institucional decorrente de mudanças ocorridas no Congresso. Poderes desafiando poderes, ministros desafiando ministros, Ministério Público desafiando e pressionado Câmara, Câmara respondendo contra Ministério Público e magistratura. A judicialização na política e a politização na justiça. Parece que o bom senso desapareceu da vida nacional.
Sobre o atual cenário político do Brasil, o poder político do País está em “xeque” e o poder político sendo negado. Quem está sendo negado é a própria democracia. Não é hora de aventuras, não é hora de comemorar tragédias que se abatem mesmo sobre adversários graves da militância política. O momento do Brasil é de chamarmos a sociedade à serenidade, à ponderação e para vigiarmos a nossa Constituição. Nenhuma solução simples, nem uma solução mágica e, nem mesmo, uma solução apressada responderá com devido cuidado e zelo aos desafios que o País tem.
A Constituição tem todas as respostas, vamos esperar os desdobramentos, vigiar e mobilizarmos a sociedade brasileira, mas não vamos aceitar qualquer tipo de aventura que fira ainda mais a nossa combalida democracia.
Neste momento difícil, as palavras nos trazem direção, orientação e calma e nós possuímos os instrumentos necessários para mudar o Brasil. Cabe a cada um de nós doar o nosso melhor.
Que Deus nos dê o melhor caminho para seguir, os homens corretos e que nos aponte o melhor caminho para sairmos dessa crise institucional violenta e vergonhosa que estamos passando.
O político precisa trabalhar para recuperar a imagem do homem público e conquistar o respeito da população através de seus trabalhos desenvolvidos em prol da sociedade. Não é hora de comemorar nada, de tripudiar ninguém, é hora de pensarmos em trabalhar e recuperar o que perdemos: o respeito.
Nada funciona no Brasil. O momento hoje no Brasil, é de seriedade. O Brasil passa por uma crise e devemos respeitar nossa Constituição, o nosso país tem tudo para dar certo.
Após o último escândalo político que coloca em ‘xeque’ o governo Temer e gera uma nova crise política no país, ocorre uma série de manifestações pedindo impeachment do presidente Michel Temer (PMDB) hasteando bandeiras partidárias. Os manifestantes posicionam-se contrários à atitude do presidente de receber um empresário da forma como ocorreu. Eles sustentam a necessidade da imparcialidade na política para livrar o país da corrupção e defendem que aqueles que militam de forma política-partidária deixem a paixão partidária para ir além das necessidades do país. Os mesmos repudiam as atitudes do senador Aécio Neves (PSDB) diante das acusações apresentadas durante uma delação do empresário da JBS, Joesley Batista e defendem que é preciso lutar em prol da nação e que não vão se furtar de cobrar por atitudes contra os descasos e desmandos da política, dos políticos e da justiça.
Alguns manifestam contra intervenção militar e a favor de eleição direta. Vamos torcer para que a justiça faça o seu papel e coloque todos na cadeia.
Sobre as reformas da Previdência e Trabalhista, as manifestações dos trabalhadores estão conseguindo brecá-las. O governo considerado como desgoverno e ilegítimo de Temer não consegue votos necessários para aprovar as reformas. Simplesmente confrontaram o Temer. A base de sustentação foi eliminada porque a mídia não está dando mais apoio. Ele não renunciou porque pode ser preso. O cerne do golpe foi dado para atacar os direitos dos trabalhadores. Mas, felizmente aqui no país, a sociedade está mobilizada por meio dos sindicatos para brecar isso.
O fato é que não podemos deixar também de colocar na ordem no dia a reforma política no país. Muitos defendem que é preciso haver reforma política e tributária no país para inibir a corrupção. A crise tem origem nos financiamentos de campanha, não só no Brasil. Importante que os senhores políticos, sejam eles, vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores se engajem nesta discussão.
A discussão do momento é sobre eleições diretas. Para os que defendem à favor, não há outra alternativa do que eleição direta, em todos os níveis, de presidente a vereador. Esta é a posição que a população espera. Só se resolve a situação convocando novas eleições. Esperamos, agora, um retrocesso nas propostas de mudanças na previdência e nas leis trabalhistas. Para os opositores a Temer, um governo legitimamente eleito foi tirado a força para colocar o que temos hoje. Por isso, estamos à beira do abismo.
O Congresso Nacional não tem credibilidade para poder discutir reformas tão importantes. A sociedade tem que se mobilizar e exigir providências e soluções urgentes para o Brasil, pois a população está enojada com o que vem acontecendo no país. O que indigna são os discursos hipócritas que subestimam nossa inteligência.
Afirmando que o pano de fundo da crise são as benesses a empresários. O que está ficando escancarado na República é que muitos políticos estão aí não para fazer o bem à população, e sim, fazer lobby a empresários. A política está entrando em outro patamar, mas o Legislativo e o Judiciário tem o dever de fiscalizar.
Os poderes Executivo e Legislativo deveriam discutir no cenário nacional as reformas tributária e política, para que talvez cheguem ao poder aqueles que realmente elegemos e não aqueles que têm respaldo econômico.
O momento atual é um marco histórico. Tenho certeza de que esses fatos mudarão os rumos do país. Essas operações vêm em boa hora, pois a sociedade brasileira não aguenta mais viver com tamanha corrupção.
Resta-nos o acalento de que o país vem sofrendo uma modificação. Nunca imaginávamos que pudessemos ver políticos presos e réus em várias ações, assim como um ex-presidente da Câmara Federal e tantos outros poderosos. Quando imaginaríamos ver um presidente da República no exercício do cargo sendo alvo de delação com acusações de alto nível? Isso significa que o país está mudando.
Os políticos precisam juntar os cacos e reconstruir o país. Nosso Brasil tem tudo para crescer. O momento do País é de caos e as pessoas estão cada vez mais desacreditadas da política. É preciso conscientização e fiscalização mais efetiva para que possamos mudar esse quadro.
Rafael Santana