
Os atos de 7 de setembro na Avenida Paulista foram marcados por discursos duros contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, com pedidos de impeachment. Lideranças como Nikolas Ferreira, Eduardo Bolsonaro e Silas Malafaia atacaram Moraes, chamando-o de tirano e psicopata.
Jair Bolsonaro também fez duras críticas, afirmando que o Senado deveria “botar um freio” em Moraes, a quem classificou como uma ameaça maior que Lula.
No entanto, apesar do tom inflado, a mobilização, embora expressiva, ainda parece distante de gerar o impacto necessário para abrir um processo de impeachment.
Na Esplanada dos Ministérios, o governo Lula organizou um desfile marcado por tentativas de demonstrar apoio ao ministro Alexandre de Moraes, com o próprio magistrado presente na tribuna de honra. O evento, no entanto, foi esvaziado, com poucas pessoas nas arquibancadas, um contraste com a manifestação em São Paulo. Mesmo assim, o simbolismo foi claro: o Planalto endossa as ações de Moraes, incluindo a recente suspensão da rede social X.
Por outro lado, a organização dos protestos que pedem o impeachment do ministro enfrenta desafios.
O público presente, embora engajado, não atingiu o nível de mobilização que movimentos passados conseguiram, como os que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff. Para transformar esses atos em algo concreto, será preciso um longo processo de organização e engajamento popular.