
A situação em Eunápolis é o retrato cruel do abandono da Bahia após duas décadas de desgoverno petista. O avanço do Comando Vermelho na cidade transformou bairros inteiros em zonas de guerra, com muros marcados, execuções bárbaras e ameaças a servidores públicos.
Em pleno dia 20, cerca de 20 criminosos encapuzados e com fuzis atacaram um carro próximo ao presídio local. O alvo era o diretor do Conjunto Penal, mas quem levou a pior foi um motorista terceirizado, baleado e hospitalizado.
A população vive aterrorizada com blitz armada de criminosos, invasões a escolas e esquartejamentos filmados, como o do motorista de aplicativo Weverton Santos, morto por aparecer em foto com um policial.
A facção já controla bairros como Juca Rosa, Paquetá e Alecrim. A ruptura com o PCC e a criação de uma célula do Comando Vermelho em Eunápolis vieram após a fuga cinematográfica de 16 presos no fim de 2023, entre eles o traficante Dadá, que agora comanda a cidade com apoio de comparsas cariocas. Desde então, o que se vê é uma sequência de crimes com requintes de crueldade e total ausência do Estado.
Nem mesmo a morte de uma adolescente, tiroteios em frente a escolas ou execuções a poucos metros da delegacia conseguem comover Jerônimo Rodrigues, que parece mais empenhado em defender sindicatos do que proteger a população.
Eunápolis já foi considerada a segunda cidade mais violenta do Brasil, segundo o Atlas da Violência. Em 2022, registrou 56,3 homicídios por 100 mil habitantes, e a realidade só piorou. O comando da 23ª Coorpin virou balcão de apostas, com trocas constantes de delegados e nenhuma estratégia eficaz.
Enquanto isso, os moradores são obrigados a viver com medo até de sair de casa.