
Lúcio Vieira Lima, figura conhecida do MDB baiano, reconheceu em entrevista ao BNews que o partido perdeu a relevância que um dia teve na política da Bahia. Com o escândalo dos R$ 52 milhões em caixas de papelão e a queda de Geddel, o MDB se tornou um nanico sem força eleitoral e dependente da estrutura do PT para sobreviver. Hoje, o que resta ao partido é se contentar com a vice-governadoria, atualmente ocupada por Geraldo Júnior, que amarga um histórico eleitoral desastroso.
O futuro do MDB junto ao governo de Jerônimo Rodrigues parece cada vez mais incerto. Nos bastidores, já se fala que o vice-governador será rifado na próxima eleição, com o PSD assumindo o espaço. Enquanto isso, Geraldo Júnior, que foi humilhado nas urnas por Bruno Reis, ficando atrás até de votos brancos e nulos, segue sem força para se firmar politicamente.
Para Lúcio, é “loucura” discutir a chapa de 2026 agora, mas ele admite que o cargo de vice é o máximo que o MDB pode pleitear no momento.
O desgaste não se limita ao MDB. O próprio PT enfrenta dificuldades internas. Jerônimo Rodrigues, que ainda tenta consolidar sua liderança, já não parece tão motivado a buscar a reeleição. Para complicar, o mentor político Jaques Wagner perdeu a força de outros tempos e não tem mais a moral necessária para segurar Geraldo Júnior ou resolver os conflitos entre aliados.
Nos bastidores, a estratégia do PT para 2026 seria apostar em uma chapa com Jerônimo, Rui Costa e Jaques Wagner nas vagas ao Senado, deixando o PSD com a vice.
No meio disso tudo, Lúcio Vieira Lima parece resignado. Ele afirmou que o MDB não deve pleitear novos espaços na gestão de Jerônimo e que o acordo firmado com o PT já é suficiente. Para ele, a política é feita de “balões de ensaio” e “se colar, colou”. Mas, ao que tudo indica, o MDB está cada vez mais distante dos tempos de glória e caminha para a irrelevância junto ao governo petista.