
Jair Bolsonaro está ampliando seu alcance político com planos de replicar os atos já realizados no Rio e em São Paulo em outras partes do Brasil, mirando cidades como Joinville, no Sul, e outras regiões como o Nordeste e Brasília. Essas manifestações buscam mobilizar o apoio em áreas onde Bolsonaro já demonstrou ter uma base sólida, como evidenciado pelos 76,6% dos votos que recebeu em Joinville no segundo turno das eleições de 2022. Segundo Silas Malafaia, esses eventos não buscam apenas quantidade, mas qualidade de engajamento, focando em poucos discursos que defendem o ex-presidente jurídica e politicamente e criticam figuras como o ministro Alexandre de Moraes.
No último evento em Copacabana, o tom foi marcado por críticas contundentes a Moraes, chamado por Malafaia de “ditador da toga”, e a outros políticos considerados omissos. Esse ato refletiu uma abordagem mais direta e menos cautelosa em comparação com manifestações anteriores, indicando uma mudança na estratégia de Bolsonaro e seus aliados. Isso vem em um momento onde Bolsonaro, menos pressionado por ações judiciais imediatas, se permite viajar mais livremente pelo país, fortalecendo sua campanha e presença política.
Esses movimentos acontecem num contexto onde a figura de Moraes é cada vez mais questionada por setores do bolsonarismo, intensificando o clima de confronto. Apesar das críticas, os aliados de Bolsonaro celebram o que veem como vitórias e recuperação de esperança, enquanto adversários políticos tentam minimizar a relevância dessas ações. Esse cenário político fervilhante revela tanto as divisões profundas no Brasil quanto a resiliente base de apoio de Bolsonaro, que, apesar dos desafios, continua a mobilizar grandes multidões.