Em artigo veiculado na Folha de São Paulo neste domingo (14), o cantor e compositor baiano Caetano Veloso implorou desesperadamente para o prefeito de Salvador, ACM Neto, e mais alguns brasileiros em destaque, a não aderirem à campanha de Jair Messias Bolsonaro. “É evidente que todo cidadão brasileiro que mereça esse nome –seja ele Fernando Henrique Cardoso, Roberto Carlos, Roberto Schwartz, Suzana Vieira, Chico Buarque, Luiz Tenório de Oliveira Lima, Letícia Sabatela, Fernando Haddad, Zezé de Camargo, Miriam Leitão ou ACM Neto– deve agir contra a possibilidade de eleição de Bolsonaro. A não ser que este desautorize publicamente o texto de Olavo. Único modo, aliás, de dar credibilidade a suas tentativas de amenizar o sentido de seus antigos brados”, disse Caê.
O texto é uma resposta / refutação às afirmações do professor Olavo de Carvalho a quem chama de “sub-Heidegger do nosso sub-Hitler (ou sub-Spengler do nosso sub-Goebels), diz que petistas, artistas, mídia, professores, jornalistas e intelectuais apelam a recursos ilícitos e imorais para obter vitória”.
Está virando praxe a disseminação, por parte dos artistas ligados a partidos de esquerda, da narrativa que liga Bolsonaro a setores nazistas. Olavo lembra declarações do próprio petista Lula quem “já expressou sua admiração pelo Hitler e já se declarou expressamente herdeiro e continuador ideológico-político do único governante fascista que tivemos, Getulio Vargas”. Para Olavo, Caetano é “alem de canalha mentiroso, difamador e puxa-saco profissional de comunistas, Caetano Veloso é, definitivamente, analfabeto, só não sei se funcional ou integral”.