Candidatos ao governo da Bahia usam tática de mais ataques e menos propostas em segundo debate na TV

Imagem: Reprodução/TVE

Seis dos sete candidatos ao governo da Bahia nas eleições de 2018 participaram do segundo debate na televisão, promovido pela TV Educadora, na noite desta quinta-feira (20). O encontro durou pouco mais de 2h30.

Os candidatos ficaram posicionados no estúdio da emissora na seguinte ordem (da esquerda para a direita): João Santana (MDB), José Ronaldo (DEM), João Henrique (PRTB), Célia Sacramento (Rede), Rui Costa (PT) e Marcos Mendes (PSOL). Somente o candidato Orlando Andrade (PCO) não participou do debate — o movtivo não foi informado pela emissora.

Candidatos ao governo da BA nas eleições de 2018: veja quem são
O debate foi dividido em cinco blocos. No primeiro, os candidatos responderam a perguntas elaboradas por jornalistas, e sorteadas ao vivo durante o debate, sobre temas como saúde, agricultura familiar, desigualdade racial, mobilidade, desemprego e cultura.

No segundo e no quarto blocos, os candidatos responderam a perguntas gravadas anteriormente em vídeos, que foram exibidos durante o debate, feitas por cidadãos, artistas e representantes de entidades, entre eles a cantora Daniela Mercury, a jornalista Maíra Azevedo, o pugilista campeão olímpico Robson Conceição, o presidente do bloco afro Ilê Aiyê, Vovô do Ilê, o presidente da Fercomércio-BA, Carlos Andrade, a diretora da Fiocruz Marilda Gonçalves e a ouvidora-geral da Defensoria Pública da Bahia, Vilma Reis.

As questões do segundo e do quarto blocos envolveram temas como educação, segurança, esporte, comércio e logística, desemprego, sistema carcerário, saúde, política de convivência com o semiárido e expansão da atuação da Defensoria para o interior do estado.

No terceiro bloco, houve o chamado “confronto direto”, em que os candidatos puderam fazer perguntas entre si. Já no quinto bloco os candidatos fizeram suas considerações finais.

O primeiro a falar no último bloco foi Marcos Mendes. Ele criticou o atual governo do estado e disse que há um incentivo para o que chama de “agronegócio do veneno”, terceirização da saúde e fechamento de escolas. Aproveitou também para pedir o voto aos candidatos do partido.

“Reeleger o candidato Rui Costa no primeiro turno é concordar com os coronéis carlistas no estado da Bahia, é dar o recado de que o agronegócio do veneno é mais importante que agroecologia. É concordar coma grilagem de terras e abandonar o processo de regularização fundiária para as comunidades no campo. É dizer que a saúde pública tem que ser privatizada e que a educação tem que fechar escolas. É dizer que servidores tem que ficar quatro anos sem reposição”.

Rui Costa, segundo a falar, disse que “o trabalho não vai parar” e prometeu, entre outras coisas, chegar à construção de 30 policlínicas no estado e viabilizar obras como a construção do aeroporto da cidade de Vitória da Conquista. Também pediu votos para os candidatos da coligação.

“Vamos seguir em frente, trabalhando, investindo. Foram sete hospitais em quatro anos. Oito policlínicas inauguradas e mais 11 em andamento. Chegaremos a 30 policlínicas, regionalizando a saúde como estamos fazendo. Estamos agilizando a obra da ferrovia e do porto sul. Precisamos garantir a união do país, precisamos de paz, de alguém que goste do nordeste e ame a Bahia na presidência da república para a gente voltar a fazer o Brasil crescer e gerar empregos”.

José Ronaldo falou do “carinho” e do “apoio” que vem recebendo durante a campanha no interior, criticou o atual governador do estado por “obras não concluídas”, pela política de saúde e segurança e citou que houve, durante a atual gestão, fechamento de hospitais e de UPAS.

“Não queria voltar a tratar de política, mas sou obrigado, porque realmente, mais uma vez, o governador foge das questões. Ele só quer colocar a culpa nos outros dos seus erros, das suas não realizações. Fala em abrir hospital, mas não fala que fechou o Hospital Espanhol, em Salvador, fechou o Hospital Regional de Ilhéus, fechou outros pela Bahia e fechou cinco UPAs aqui na capital. Isso não fala. Fica falando que fez, mas quando a gente espreme não encontra nada”.

A candidata Célia Sacramento ressaltou que é a única mulher na disputa, afirmou que há “falta de políticas públicas” para as áreas da educação, saúde e segurança e aproveitou para pedir voto para os candidatos da Rede Sustentabilidade nas eleições.

“Tenho andando por toda essa Bahia e tenho sentido o quanto muito de vocês já não estão mais acreditando nos políticos. Só que a política é o único caminho que pode possibilitar a verdadeira transformação que todos tanto precisamos. Não se pode enganar com propaganda. Faça uma análise do seu cotidiano. Como está o emprego na sua casa? Como está a saúde quando você vai buscar atendimento? Está nas suas mãos a responsabilidade”.

João Henrique falou do pai, o ex-governador João Durval Carneiro e destacou que, assim como ele, dará atenção especial aos servidores públicos. Propôs, ainda, implantar políticas de estado, com ações previstas para os próximos anos.

“Os funcionários, inclusive, no governo de João Durval, com certeza, ganharam os melhores salários que os funcionários públicos, em toda a história da Bahia, já ganharam. Quero ser governador para fazer como João Durval: uma Pedra do Cavalo que dá água hoje para Salvador e para todo o recôncavo da Bahia, uma barragem de São José do Jacuípe, que hoje serve água para toda a região do sisal. Governador é isso, que pensa no futuro, em 30, 40, 50 anos”.

João Santana, último a falar, citou a crise econômica do país, que, conforme disse, nasceu durante o governo Dilma, criticou o atual governo do estado por, segundo ele, “90% dos crimes da Bahia” não serem elucidados e aproveitou, também, para pedir votos para os candidatos da sua chapa nas eleições.

“Na situação carcerária, além da Justiça ser lenta, 90% dos crimes na Bahia não são elucidados. E até que isso se resolva, você tem uma população carcerária indevidamente presa. Com relação à saneamento, mandamos aqui para Salvador mais de R$ 120 milhões, até no tempo do prefeito João Henrique, para resolver várias situações difíceis. Na Bahia, como um todo, resolvemos problemas seríssimos, como a Barragem de Coronel João Sá e a Barragem do Gasparino”.

Informações do G1

 

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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