Cezar Leite critica e questiona junto ao MPF-BA contratação de médicos cubanos pelo governo do Estado

Crédito: Lucas Oliveira/TV Servidor

O anúncio do Governo da Bahia sobre a contratação de médicos cubanos para trabalhar no Estado é motivo de preocupação para o vereador Cezar Leite (PSDB), que além de ser parlamentar, é também médico. Durante pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal na sessão de terça-feira (7), o parlamentar externou sua crítica, condenou a vinda de médicos estrangeiros para o Estado e resolveu questionar através de representação apresentada ao Ministério Público Estadual e Federal (MP-BA) a decisão do governador Rui Costa de trazer os profissionais daquele país.

O vereador questiona a necessidade desses profissionais estrangeiros atuarem na Bahia, uma vez que o Estado possui medicos formados capacitados e preparados em condições de atender plenamente as demandas da saúde local e corresponder às necessidades da população.

Conforme o tucano, essa decisão é fruto de uma vontade política por parte de partidos de esquerda, inclusive, os que fazem parte do governo do Estado na tentativa de privilegiar médicos cubanos com essa concessão.

Entenda – Na semana passada, o governador Rui Costa, em sua viagem à Cuba, anunciou os preparativos para trazer médicos cubanos à Bahia. Ao saber e tomar conhecimento da decisão do gestor estadual através de perfil no Instagram, Cezar Leite criticou o fato ao apontar que os profissionais estão despreparados para atender a população mais pobre no Estado.

Representação – Também durante a sessão de terça-feira, o vereador Cezar Leite disse que entrou com uma representação no MPF-BA para questionar a contratação dos médicos cubanos para exercerem a medicina no Estado.

“Demos entrada na representação após o anúncio do governador Rui Costa ainda em Cuba onde ele levou o secretário de Saúde e quatro reitores de universidades públicas, dizendo que traria médicos especialistas cubanos na área de pediatria e anestesiologia, já que tem ‘carência no Estado’. Essa foi a palavra: ‘carência no Estado, e nós printamos e acompanhamos todo o desenrolar, e preocupados, demos entrada no Ministério Público Estadual para que adote medidas de acompanhamento: de como será feito isso?, de que forma?, como eles podem atuar aqui?, como será validado esse diploma de equivalência? Já existe uma lei específica. De 2016 pra cá, houve até uma simplificação dessa lei com uma maior aprovação, porque agora basta formar uma comissão dentro da universidade que faz uma avaliação desse currículo. Então, tem a vontade política envolvida nisso daí também. Após isso, a assessoria de imprensa do governador reeditou a publicação dele em vídeo no Instagram, colocando que traria professores para aulas nas universidades. Porque que ele mudou? E mudou não foi uma vírgula, um ponto, mudou totalmente o sentido da frase. Pegamos esse material e demos entrada no Ministério Público Federal. Aí vai se analisar se há um rito e como vai ser acompanhado pelo Ministério Público. Nós estamos de olho, vimos que, logo, o governador mudou. Ele recuou. As entidades médicas estão atentas”, denuncia Cezar.

O vereador argumenta que a situação pode ter impacto negativo no atendimento à saúde da população. “O que nos queremos é que a população seja bem atendida. Não é conversa de corporativismo. É algo que você não pode ter no Brasil um vestibular, um filtro em que a pessoa estuda, se dedica, se forma e tem toda uma dificuldade para ter uma residência. Países como Cuba onde não há nenhum vestibular e nenhum tipo de filtro. Aliás, o filtro é se você faz parte de algum partido político de esquerda ou se é de um movimento social. Existem algumas ONG’s que fazem esse trânsito direto para Cuba e você entra sem vestibular e vai se formar de forma inadequada, porque a grade curricular deles é inferior a nossa, e é interesse do governo cubano que seja assim para não ter gasto, e, a partir daí, Cuba virou hoje um maior exportador de profissionais de saúde do mundo em que não tem a preocupação de formar um bom profissional de saúde para atender bem a população, e sim, quer exportar mercado escravo, isso por meio desse mecanismo que o governo quer fazer, de fazer os profissionais entrarem aqui para atender a população pobre que tem desconhecimento, uma população, infelizmente, uma grande parte, analfabeta que não tem discernimento de avaliação. Cabe  a  nós políticos e técnicos da área fazermos esse contraponto”, pontua Cezar.

Mesmo diante desse fato, Cezar fez questão de lembrar também da falta de preparo dos médicos brasileiros. “Hoje, você tem mais de 320 escolas médicas no Brasil. É o país que mais tem escolas médicas no mundo, formando também, infelizmente, profissionais de saúde com deficiência, o que faz com o profissional vá para o mercado de trabalho sem segurança, e aí, vai pedir salário menor, porque não tem segurança. A rede é de péssimo atendimento à população, porque o SUS não consegue se sustentar de forma organizada. Para não se sustentar, tem que reduzir gastos e um dos gastos é recursos humanos. É por isso que enfermagem caiu o salário para se viabilizar o SUS”, relata.

Rafael Santana

 

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

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