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A largada para a antecipação de um possível cenário eleitoral em 2018 foi dada nesta semana a partir de uma pesquisa repercutida nos jornais Folha de São Paulo e Estadão que aponta a preferência dos eleitores por candidatos de centro. O resultado do levantamento foi comentado pelo vereador Cezar Leite (PSDB) que considera que o jogo político eleitoral deve ser definido somente no ano que vem. Pela pesquisa, a maioria dos eleitores aposta em postulantes de centro como perfil e um diferencial político eleitoral no próximo ano.
Este cenário pode dificultar e impactar as candidatas de políticos de centro-esquerda e centro-direita, no que tange as campanhas eleitorais. Os eleitores criticam a falta de representatividade por parte dos políticos.
Cezar contextualiza a preferência dos eleitores ao centro com a teoria da Janela de Overton em que as pessoas fogem dos extremos, optando pela neutralidade. “Eu vejo o centro como neutro, aqueles que tem cara de bom moço, que não metem medo a ninguém. As pessoas tendem pra isso, mas todos devem ter uma ideologia, uma forma de pensar, se é de direita ou se é de esquerda. Eu respeito, mas eu respeito mais quem se posiciona do que aquele que fica neutro, querendo vantagem política. Eu prefiro muito mais me posicionar politicamente e agir de forma correta, ser honesto e executar o que eu estou fazendo de serviço, mas ter minha linha de pensamento e as pessoas saberem qual é a minha linha de pensamento. Ser de centro ou neutro significa dançar conforme a música”, argumenta Cezar.
O vereador tucano reforça sua posição e convicção política pela ideologia de direita. “Defendemos o liberalismo econômico, a liberdade individual, ou seja, você faz da sua vida o que achar que deve fazer, desde que você respeite a liberdade do outro, é a liberdade da proteção da sua propriedade, é o direito a família e de conservar a família, educar o seu filho da forma como você acha que deve educar e não ter interferências institucionais. Tudo isso é ser de direita”, defende o tucano.
Cezar critica a ideologia de extrema-direita, que conforme disse ele, está ligada à censura. “Existe censura também em Cuba, e é de esquerda. Existe censura na China onde mata-se, e é de esquerda. Existe um debate ideológico que é amplo”, observa.
Rafael Santana
