
Na manhã desta segunda-feira (19), o policial civil José Antônio Lourenço, integrante da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), foi morto durante a operação “Gelo Podre” na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A ação visava combater a produção e venda de gelo contaminado por coliformes fecais, que abastecia quiosques nas praias da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes.
Durante o cumprimento de mandados de busca, Lourenço foi baleado no rosto por criminosos e não resistiu aos ferimentos após ser socorrido ao Hospital Municipal Lourenço Jorge.
A operação é um desdobramento de investigações iniciadas em fevereiro, quando laudos da Cedae confirmaram a presença de coliformes fecais em amostras de gelo distribuído por empresas da região. As fábricas operavam em condições precárias, com uso de água de poços sem tratamento e embalagens sujas.
Segundo a Secretaria de Polícia Civil, 70% das fábricas de gelo vistoriadas em 2024 apresentavam irregularidades, como excesso de amônia e falta de higiene.