
Quando Javier Milei assumiu a presidência da Argentina em dezembro de 2023, o país enfrentava uma inflação de mais de 200% em 12 meses. Desde então, Milei implementou um “tratamento de choque” que incluiu cortes nos gastos públicos e subsídios, além de promover a privatização de estatais e a desvalorização do peso. Essas medidas começaram a mostrar resultados: em abril, a inflação acumulada atingiu 289,4%, mas a taxa mensal caiu para 8,8%, marcando a quarta queda consecutiva.
O déficit fiscal, que era de quase 3% do PIB, foi eliminado, resultando no primeiro superávit trimestral desde 2008. Embora a atividade econômica tenha recuado 8,4% em março, analistas como Camilo Tiscornia e Mauro Rochlin veem as medidas como passos na direção certa para controlar a economia e estabilizar o câmbio.
Desde a posse de Milei, o índice S&P Merval da bolsa argentina subiu mais de 70%, sugerindo um renovado interesse dos investidores no país.