
Acabar com o domínio da “cultura tumbero” dentro do sistema prisional é o objetivo central de uma nova resolução liderada pela ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich. A medida, que entra em vigor esta semana, torna obrigatória a participação de todos os detentos do Serviço Penitenciário Federal em atividades de limpeza e manutenção dos espaços comuns e individuais nas prisões.
O foco é ocupar o tempo dos presos para evitar que o ócio contribua para o aumento da violência e a perpetuação de subculturas criminosas.
Segundo a resolução, baseada na lei 24.660, essas tarefas não são consideradas trabalho remunerado, mas parte de um esforço para introduzir hábitos responsáveis e reparar os danos causados à sociedade. Aqueles que se recusarem a participar enfrentarão dificuldades no progresso de suas penas e restrições no acesso a benefícios, como mudanças de alojamento ou programas de reintegração.
Para Bullrich, “os presos não são vítimas, mas vitimadores”, e cabe ao Estado garantir que eles assumam suas responsabilidades.
Além dessas medidas, o governo também ampliou programas como o “Mão na Mão”, que promove o aprendizado de ofícios úteis para a reinserção social. Detentos já estão fabricando móveis, uniformes e pedras de pavimentação, com remuneração e monitoramento rigoroso. A intenção é mostrar que o crime tem consequências reais e que a reintegração só é possível com esforço e disciplina.
Julián Curi, subsecretário de Assuntos Penitenciários, reforça: “O sucesso será medido na não reincidência dos presos”.
A nova abordagem também reforça o papel do sistema prisional dentro da estrutura de segurança nacional. Para Bullrich, o Serviço Penitenciário Federal deve garantir a paz social, enquanto os criminosos cumprem suas penas de forma produtiva.
A mensagem é clara: não há mais espaço para o caos e a violência dentro das prisões.