
A Bahia mergulhou numa guerra urbana marcada por alianças com facções nacionais e pela fragmentação de grupos locais. Tudo começou dentro do presídio da Mata Escura, com a criação da temida Caveira, que espalhou o terror em Salvador até 2012. Em 2010, ano em que a facção dominava quase toda a cidade, a capital registrou mais de 4.800 homicídios.
A queda da Caveira deu origem ao BDM, que nasceu como braço de expansão, mas logo rompeu e ganhou força sob comando de Zé de Lessa. Ele articulou alianças diretas com o PCC e, em 2024, selou parceria com o Terceiro Comando Puro, em pichações espalhadas por Salvador.
A cada aliança, mais armas pesadas, fuzis e explosivos circulam na Bahia. O BDM, hoje, é o nome mais forte no submundo local, com presença em bairros estratégicos da capital e da Região Metropolitana.
O mapa do crime baiano foi redesenhado por dentro dos presídios, e o governo do estado segue assistindo à expansão das facções sem conseguir interromper a escalada de violência. O domínio territorial do tráfico virou guerra de poder, e a pergunta que fica é: até onde isso vai?
(Com informações do Correio)