
Um grupo de aprovados no concurso público para a área de Saúde, realizado pela Prefeitura de Salvador em 2011, ocupou as galerias do Plenário Cosme de Farias, na tarde de terça-feira (17), para cobrar apoio dos vereadores no processo de convocação.
“Protestamos para garantir nossos direitos e assegurar essa convocação”, expressavam através de uma faixa.
Em defesa dos concursados, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) discursou na tribuna pedindo sensibilidade da Casa Legislativa diante da reivindicação. “O concurso foi realizado por decisão da Justiça, que selecionou 3.500 pessoas e estamos hoje com mais de 700 concursados sem ter o direito de ingressarem nos quadros do Município”, destaca.
Conforme a legisladora, 772 processos correm na Justiça contra a Prefeitura. Ainda conforme Aladilce, cerca de 200 já foram julgados com parecer favorável aos concursados, porém, sem cumprimento do Executivo – o que acumula um déficit ao erário superior a R$ 100 mil. “A caneta para nomear está na mão do prefeito ACM Neto”, aponta Aladilce.
Terceirização
A vereadora criticou ainda o método de terceirização utilizado pela gestão municipal, dando continuidade ao modelo executado pelo governo João Henrique. “Só inaugura UPA com profissionais terceirizados, enquanto temos essas mil pessoas concursadas podendo ocupar essas vagas”, sugere, ao direcionar o apelo aos vereadores Henrique Carballal (PV), líder da bancada do governo; Duda Sanches (DEM), presidente da Comissão de Saúde; e Alexandre Aleluia, líder do DEM na Câmara.
Os concursados ainda receberam ainda declaração de apoio do vereador Moisés Rocha (PT), que criticou também a terceirização. “Decisão judicial não se discute, se cumpre”, afirma.
Atento à reivindicação, Henrique Carballal se colocou à disposição para intermediar o pleito dos aprovados no certame com o Executivo. “Na condição de líder do prefeito na Casa coloco-me à disposição para que qualquer movimento justo possa ter a intermediação necessária, para que se chegue a um entendimento junto à administração municipal”, garante o líder da bancada do governo.
Fonte: Secom/CMS