
Durante o ato na Avenida Paulista neste domingo (6), o pastor Silas Malafaia subiu o tom contra o Alto Comando do Exército e não economizou nas palavras: “cambada de frouxos, cambada de covardes, cambada de omissos”.
O discurso teve o apoio de Jair Bolsonaro, que classificou o desabafo como “verdades” e disse estar mais triste com o conteúdo do que com quem falou. “É revoltante a gente ouvir isso daí”, disse o ex-presidente em entrevista à revista Oeste.
Para ele, o silêncio de parte das Forças Armadas diante da perseguição do STF é inaceitável.
Malafaia foi direto ao pedir que os comandantes das Forças Armadas deixem os cargos se realmente “honram a farda que vestem”. A cobrança recai sobre o general Tomás de Paiva, o almirante Marcos Olsen e o brigadeiro Marcelo Damasceno, por, segundo o pastor, se calarem diante das ações autoritárias do ministro Alexandre de Moraes.
Bolsonaro também criticou a prisão do general Braga Netto e denunciou a atuação de “uma pessoa com uma caneta” que, segundo ele, “te bota na cadeia”.
Além disso, Bolsonaro comentou a reunião com sete governadores antes da manifestação e deixou claro que não pretende dividir a base da direita em 2026. “Se cada partido tiver um candidato, sem problema. No segundo turno a gente vê com quem se alia”, disse. O ex-presidente, mesmo inelegível até 2030, afirmou que registrará sua candidatura no próximo ano como forma de enfrentamento simbólico.
A fala de Malafaia também defendeu o coronel Mauro Cid, classificando-o como “um dos mais brilhantes militares” e dizendo que sua carreira está sendo destruída por perseguição política.
O pastor pediu ainda que o Senado abra um processo de impeachment contra Moraes, cobrando reação firme do Congresso frente ao que chama de abusos do Supremo.