
Descobrir uma nova espécie em plena São Paulo, uma metrópole vibrante, soa quase como um conto de fadas botânico. Pois foi exatamente isso que aconteceu no Parque Estadual da Serra do Mar, onde pesquisadores da UFPR encontraram uma quaresmeira nunca antes descrita: a Pleroma curucutuense. Essa descoberta é um lembrete fascinante de como a natureza ainda guarda segredos, até mesmo nos cantos mais inesperados de grandes cidades.
A pesquisa, que levou mais de uma década, não apenas adicionou um novo membro à família das quaresmeiras, mas também sublinhou a rica biodiversidade da Mata Atlântica, um bioma que continua a surpreender e a ensinar a importância da conservação.
O mais intrigante dessa história é pensar que essa nova quaresmeira, a Pleroma curucutuense, com suas características únicas e habitat específico, esteve escondida aos olhos do mundo por tanto tempo. Coletada pela primeira vez em 1995, mas só reconhecida como uma nova espécie agora, nos leva a refletir sobre quantas outras espécies ainda estão à espera de serem descobertas.
O trabalho meticuloso dos botânicos Fabrício Meyer, Renato Goldenberg e equipe, comparando cada detalhe dessa planta com outras conhecidas, nos mostra o quão minuciosa é a ciência que nos ajuda a entender melhor o mundo natural ao nosso redor.