O 1• de maio de 2020 ficará marcado pela ausência de manifestações ou celebrações em homenagem ao Dia do Trabalhador. No momento em que metade da população mundial está confinada devido à crise do Coronavírus e as aglomerações estão proibidas, este 1• de maio será um dia de reflexão.
O impacto da grave crise gerada pelo novo coronavírus sobre a vida dos trabalhadores e sobre a Economia mundial como um todo será grande. As projeções não são boas e o número de desempregados cresce a cada dia. No Brasil, desde o começo da crise até hoje, já foram demitidos 5 milhões de trabalhadores com carteira assinada.
Para os trabalhadores informais ou autônomos, a perda de renda começou já desde o primeiro dia de isolamento. São barbeiros, manicures, cabeleireiros, dentistas, garçons, nutricionistas, motoristas, que só tem renda quando efetivamente põe a mão na massa. E o pior: a maioria destas profissões não se adequam ao auxílio emergencial do governo.
Na outra ponta estão os trabalhadores dos serviços essenciais. Os que trabalham em
Supermercados, farmácias, padarias, ambulâncias, hospitais e os profissionais da Segurança como policiais e seguranças. Estes se arriscam todos os dias em ônibus lotados (porque as empresas de ônibus não podem ter prejuízo) e vão trabalhar muitas vezes sem os equipamentos de Proteção adequados. Aqui vale um salve aos profissionais da saúde, verdadeiros heróis que estão na linha de frente do combate à pandemia.
Chegou a hora, mais do que nunca, dos governos adotarem uma política de geração de emprego e renda. Só através do emprego poderemos ter a tão sonhada recuperação econômica. Afinal o trabalho é uma condição essencial do ser humano, não somente pela questão financeira, mas pela dignificação da vida! (Vastiane Evelise. Dentista e micro- empresária)