Em discurso nitidamente ensaiado com seu grupo político e marqueteiros, a presidente afastada Dilma Rousseff realiza um violento discurso contra o Estado, Congresso e a imprensa comparando o processo de impeachment a governos militares. “Na luta contra a ditadura amarguei durante anos o sofrimento da prisão. Vi companheiros e companheiras sendo violentados e assassinados. Não cedi ao medo. Resisti. Continue lutando pela democracia. Lutei por uma sociedade sem ódio e intolerância, livre de preconceitos e discriminação, sem miséria, sem excluídos. Tenho orgulho disso”, disse.
Para a petista “as acusações são pretextos”. Dilma dedicou boa parte do seu discurso á oposição, olhando “nos olhos do que me julgarão dizer que não cometi crime dos que sou acusada injusta e arbitrariamente. A história nos observa e aguarda o desfecho”.
A presidente afastada entende que errou ao governado ao país porém “agindo de forma honesta com a questão da coisa pública. Me aproximei ainda mais do povo e ouvir seu reconhecimento assim como críticas ao meu governo. Acolho com humildade até porque como todos tenho defeitos e cometo erros. Não está a lealdade e covardia entre meus defeitos. Honrei meu compromisso com meu país”.
Michel Temer. A petista aponta que, entre outras coisas, Michel Temer despreza negros, acusando-o de racismo.
Eduardo Cunha. “O autor da representação junto ao TCU foi reconhecido como suspeito pelo STF. O que está em jogo é o respeito às urnas e vontade do povo brasileiro e a Constituição. Queriam o poder a qualquer preço. Tudo fizeram para desestabilizar a mim e ao meu governo. Aliança golpista com Eduardo Temer com apoio descancarado da mídia. Processo de impeachment foi aberto por uma chantagem explícita de Eduardo Cunha”.
No fim, Dilma “joga a toalha” apontando ter ouvido de senadores “definiram suas intenções”, sem a ouvir.