Diante das informações que correm no meio político sobre nomes para o pleito em 2018, o presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, declarou que desconhece a tal conversa e reforçou o interesse do partido em lançar o ex-governador e ex-ministro Jaques Wagner como candidato ao Senado
“Acho que o ex-governador nesse momento não está pautando que cargo que ele vai disputar, mas há um indicativo natural de que o nome dele ao Senado é um consenso entre todos nós”, disse Everaldo Anunciação.
Com as pretensões de apostar na eleição de nomes do partido, o PT pretende lançar o ex-governador Jaques Wagner para concorrer a uma vaga na Câmara Federal em 2018.
Conforme informações da Coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, o partido tem esboçado estratégias para eleger uma bancada mínima, e assim conservar um bom peso político e garantir repasses mais robustos do fundo partidário.
O receio dos líderes petistas, comunistas e psolitas, é que a bancada federal de 83 deputados eleitos em 2014 reduza para 40 daqui a dois anos.
O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Zé Neto (PT), negou que a notícia seja verdadeira. “A gente acabou a eleição agora e já querem criar ambiente para 2018. Temos que fazer a reforma, botar as coisas do Estado pra andar. O PT tem que deixar a poeira baixar, a decepção do povo brasileiro. Não tem nada decidido, [o boato] faz parte do dia a dia da política. É a famosa resenha, o telefone sem fio”, disse.
Zé Neto ratifica que a discussão ainda não existe, pelo menos não dentro do governo, e ressalta que o único fato concreto é a inclusão de Wagner na atual gestão.
“O que está se pensando e estudando é isso, mas é também coisa para se conversar. O governador vai fazer uma mudança administrativa e vamos aguardar. Agora é cabeça de gelo e trabalho triplicado. Cuidar de sair desse buraco em que estamos”, disse.
Perguntado sobre o assunto, o presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, disse que desconhece o suposto diálogo e reafirmou o interesse da sigla em lançar Wagner ao Senado.
“Acho que o ex-governador nesse momento não está pautando que cargo que ele vai disputar, mas há um indicativo natural de que o nome dele ao Senado é um consenso entre todos nós. E para a eleição para a Câmara tem esse peso também, mas temos vários outros nomes de peso”, comenta.
Além de Wagner, a direção nacional também teria aberto um processo de diálogo em torno dos ex-ministros José Eduardo Cardoso, Alexandre Padilha e Ricardo Berzoini, além de Luiz Marinho, atual prefeito de São Bernardo do Campo.
Outra forma do PT para se fortalecer seria desistir de sustentar o voto em lista fechada, bandeira histórica na reforma política. De acordo com Anunciação, os planos para 2018 ainda não entraram em pauta.
“Estamos muito focados na estruturação, mas ainda não há debate direcionado para nomes. Tem todo um debate de reforma política, se vai acabar com as coligações, é uma questão que estamos discutindo”, declara o líder petista.
Foto: Carlos Augusto/Guto Jads/Reprodução Site Jornal Grande Bahia