Camaçari está no centro das atenções com uma das eleições mais disputadas do ano. Com um dos maiores PIBs da Bahia e uma população significativa de 300,3 mil habitantes, o município será palco de uma acirrada competição entre diferentes grupos políticos.
De um lado, temos Flávio Matos (União), atual presidente da Câmara de Vereadores e apoiado pelo prefeito Antônio Elinaldo (União), que está em seu segundo mandato consecutivo. Do outro, está Luiz Caetano (PT), ex-prefeito da cidade por três mandatos e atual secretário de Relações Institucionais do estado, respaldado pelo governo estadual.
Além dessas duas candidaturas de peso, também estão na disputa o radialista Oswaldinho Marcolino (MDB), um ex-membro do governo de Elinaldo que critica a atual gestão, a empresária Sineide Lopes (Republicanos) e o servidor público Cleiton dos Santos (Novo), todos buscando a oportunidade de se tornarem prefeitos de Camaçari.
Para o pleito deste ano, o legado das administrações municipal e estadual deve ficar no centro das discussões. Os principais temas em debate incluem questões de infraestrutura, como bloqueios de vias para obras que afetaram ambulantes e a mobilidade urbana, bem como problemas na saúde, desde regulação estadual até aspectos da última gestão de Caetano no setor quando era prefeito.
Em relação às vantagens, Flávio Matos deve se beneficiar das ações realizadas durante a gestão de Elinaldo, como as obras do Viaduto do Trabalhador e uma praça de esportes em Jauá. Já Luiz Caetano conta com o grande trunfo da chegada da BYD, maior fabricante de carros elétricos do mundo, que pretende impulsionar a economia do município após a saída da Ford.
Com um total de 201,2 mil eleitores registrados, Camaçari pode entrar no grupo de cidades com direito a segundo turno, de acordo com os cálculos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa condição assegura uma disputa em dois momentos caso o candidato mais votado não alcance mais de 50% dos votos válidos no primeiro turno.