Quem foi ao desfile cívico do Dois de Julho, ontem, apesar da correria que marcou a festa por causa do jogo do Brasil contra o México, que ocorreu no final da manhã, pode ter certeza de que o evento funciona, com efeito, como uma grande vitrine eleitoral, sobretudo em anos como o atual, em que se renovam cargos como os de presidente da República, de governador do Estado, de senador, de deputados federal e estadual. Não foi por outro motivo que, liderados pelo prefeito ACM Neto (DEM) e o governador Rui Costa (PT), vários deles participaram do cortejo, que, pelo fato de 2018 ser um ano eleitoral, atraiu ainda presidenciáveis, a exemplo de Ciro Gomes (PDT), Levy Fidelix (PRTB) e Guilherme Boulos, do PSOL.
Mais comedido, o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, preferiu evitar grandes declarações políticas no trajeto do Centro Histórico, o qual não cumpriu integralmente alegando problemas no pé. Sua passagem pela festa, no entanto, serviu para que dirigisse uma dura crítica aos políticos que o cortejam, quando disse que a atual geração deles foi consumida pela corrupção.
Por falar em Levy Fidelix, o presidenciável do PRTB fez questão de declarar que a candidatura do ex-prefeito de Salvador, João Henrique, ao governo do Estado é para valer e não se prestará a qualquer tipo de negociação que não seja a de ser mantida na sucessão estadual com o objetivo de representar uma fatia do eleitorado que deseja um político com garra para comandar o Estado.
Fiel ao estilo agressivo, mais para o Lula de início de carreira política, que chegou a ser chamado de “Sapo Barbudo”, o presidenciável Guilherme Boulos, do PSOL, se esbaldou ontem na festa do Dois de Julho, garantindo que será uma opção para o eleitorado de esquerda nas eleições presidenciais deste ano, principalmente devido à impossibilidade do petista concorrer.
Senado
Candidatos a senador na chapa de José Ronaldo (DEM) e de Rui Costa (PT), respectivamente, Jutahy Jr. (PSDB) e Angelo Coronel (PSD) fizeram questão de participar do cortejo e conversar com o maior número de populares com que cruzaram no trajeto. O tucano destacou a importância da data para a Independência do Brasil. Coronel disse que o episódio de sua escolha para candidato a senador está superado.
O ex-governador Jaques Wagner (PT) parece ter aceito o apelo da família contra o projeto de setores do PT para que se candidate à Presidência da República. Fez questão de dizer ontem que não trabalha com esta hipótese e que o candidato do PT a presidente da República é Lula, desde que se restaure, em sua avaliação, a justiça no país, o que significa deixar o ex-presidente concorrer.
Fonte: Tribuna da Bahia On Line