
Abalado e consternado com o acidente de avião, o vice-presidente do Chapecoense, Ivan Tozzo, está ainda em estado de choque diante da tragédia da qual os jogadores e os demais passageiros ligados ao time de Santa Catarina foram vítimas em acidente aéreo na Colômbia nas proximidades da cidade de Medellín, que provocou 76 mortes, entre eles jogadores da equipe, de acordo com autoridades locais.
A delegação da Chapecoense viajava para Medellín para disputar o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana. Porém, o voo do time sofreu acidente quando se aproximava do aeroporto Jose Maria Córdoba, em Rionegro, nas imediações de Medellín.
“Até agora não caiu a ficha. Estamos no aguardo. Todo mundo confiando em Deus, que as coisas vão dar tudo certo para nós e que a nossa Chapecoense vai ter que continuar”, disse o vice da Chapecoense, em entrevista à TV Globo.
“Um time que a gente ama, um time que a gente começou há muito tempo, estou há muito tempo envolvido. Sei que tudo que nós passamos. E agora, que chegamos, não vou dizer no auge, mas ficamos em destaque nacional, aconteceu uma tragédia dessa. É muito difícil, a tristeza é muito grande, mas vamos levar fé em Deus”, declara consternado.
O avião que transportava a delegação da Chapecoense tinha um total de 79 pessoas a bordo, entre elas 70 passageiros e nove tripulantes. Entre os passageiros estavam 22 jogadores do time catarinense, além de 21 jornalistas e três convidados incluídos na lista de passageiros divulgada pelas autoridades colombianas.
O presidente do Conselho Deliberativo, Plínio David de Nes Filho, e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, não estavam no avião. O dirigente estava em São Paulo e embarcaria nesta terça-feira em um voo comercial rumo a Medellín. O prefeito embarcaria também neste mesmo voo, depois de o avião fretado pelo clube, com intenção de fazer voo direto a Medellín, ter sido desautorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Como o avião não tinha autorização para pousar em Medellín, a delegação da Chapecoense precisou embarcar um voo comercial até Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, antes de pegar o avião que acabou caindo quando sobrevoava a região de Antioquia, que fica próxima ao aeroporto de Medellín. A aeronave caiu em um lugar de mata fechada, em uma região montanhosa, e de difícil acesso para as equipes de resgate.
Informações iniciais sobre o acidente, que agora está tendo as suas causas investigadas, dão conta de que o avião teria sofrido uma pane elétrica e o piloto teria liberado combustível da aeronave antes do pouso forçado para evitar que houvesse uma explosão na hora do choque com o solo. Também está sendo investigada a hipótese de que o combustível do avião teria acabado antes de o piloto ser obrigado a fazer o pouso forçado.