O deputado Elmar Nascimento enfrenta um dos momentos mais difíceis de sua trajetória política. Após três anos à frente da liderança do União Brasil na Câmara dos Deputados, o parlamentar baiano deixará o posto e tenta se manter relevante em meio a um cenário de desgaste.
A decisão do partido de adotar um rodízio para a liderança evidencia o enfraquecimento de Elmar, que já vinha sofrendo críticas por defender o apoio à reeleição de Lula. Para complicar ainda mais, ele ainda lida com o impacto da prisão de um primo durante a Operação Overclean da Polícia Federal.
Entre as opções que restam para Elmar, há uma tentativa de se viabilizar como ministro no governo Lula ou, pelo menos, assumir cargos de destaque, como a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ou a relatoria do orçamento de 2026.
Enquanto isso, Elmar Nascimento ainda se agarra ao controle político da Codevasf na Bahia, uma influência que pode garantir alguma sobrevida no cenário estadual. No entanto, as articulações que já envolvem outros nomes fortes dentro do partido, como Arthur Maia, mostram que o caminho para Elmar é uma verdadeira corrida de obstáculos.