
A polêmica envolvendo os vândalos que destruíram quase que totalmente uma fazenda em Correntina, oeste do Estado, parece não ter fim.
Deputado da base do governador Rui Costa, Eduardo Salles foi um dos primeiros parlamentares em se manifestar contra a invasão, cobrando providências policiais e judicias contra executores e responsáveis por prejuízos que podem chegar à casa dos R$ 60 milhões. Ex-secretário de Agricultura do Estado na gestão passada, do também petista Jaques Wagner, Salles apontou que não fazia sentido a especulação que atribuía às atividades do agronegócio a queda no nível dos rios locais, colocando-a no plano lógico da mais longa estiagem que afeta já várias regiões do Estado sem solução aparente.
Em 2011, então secretário de agricultura, Salles não foi tão enérgico contra o MST na invasão das dependências externas da Secretaria da Agricultura e Reforma Agrária (Seagri) do Estado da Bahia, como parte da jornada de protestos do chamado Abril.
Segundo matéria veiculada no A Tarde em novembro de 2001, “ao invés de seguranças, encontraram a maior boa vontade da direção da Seagri, resultado do excelente diálogo que o movimento tem com o governo baiano: as famílias trouxeram feijão e arroz para o acampamento, e a Secretaria da Agricultura vai fornecer a carne para alimentar os acampados durante o tempo que levar a ocupação. Além disso, a Secretaria da Agricultura instalou 32 banheiros químicos no lado de fora do prédio para dar maior conforto aos sem-terra”.
Pelo visto estamos falando de duas pessoas diferente, com duas posturas diferentes. O secretário petista Eduardo Salles, nada tem a ver com o parlamentar pepista Eduado Salles. Ou tem?