Em Brasília: Dilma Rousseff se defende do processo de impeachment em discurso no Senado nesta segunda

dilma-senado_2

A presidente afastada Dilma Rousseff, que chegou agora a pouco no Senado, faz sua defesa em plenário na manhã desta segunda-feira (29), diante dos senadores no julgamento final do processo de impeachment presidido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski que deu início neste momento aos trabalhos da sessão de julgamento.

Acompanhada do ex-presidente Lula e demais aliados, apoiadores, ex-ministros e outras lideranças políticas, Dilma foi recebida agora a pouco pelos seus admiradores e eleitores com côros de  “Ôlê, Olê, Olê, Ôlá, Dilma, Dilma…” como manifestação de apoio a presidente afastada.

Os senadores disseram em entrevista que estão na expectativa de qual será o tom do discurso da presidente afastada Dilma Rousseff que insiste na tese de “golpe”. Após o discurso de Dilma, os parlamentares adiantaram que, caso sejam provocados pela presidente, vão adotar o mesmo tom em seus discursos e farão perguntas de ordem técnica, jurídica e política

Ela adiantou e vai expor em seu discurso no Congresso que o processo contra ela foi uma “chantagem” do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado depois do cargo por denúncias de corrupção, além de destacar que não voltou atrás ao ser pressionada em acabar com a Operação a Lava Jato. Além disso, Dilma vai sustentar que não cometeu crime de responsabilidade.

Um dia antes do seu pronunciamento, Dilma fez os últimos acertos e detalhes do seu discurso  no plenário do Senado em jantar na noite deste último domingo (28), com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PT, Rui Falcão, ex-ministros e líderes de movimentos sociais, no Palácio da Alvorada. Todos são unânimes ao considerar que Dilma está sendo vítima de um “golpe” que, segundo eles, deixa marcas profundas que podem levar o país ao retrocesso.

A chegada e o discurso de Dilma que será acompanhada pelo ex-presidente Lula e outros 32 convidados contará com a presença de manifestantes, em frente do Congresso.

Apesar das divergências com sua sucessora, Lula fez questão de levá-la ao Senado . Com o gesto, o objetivo é mostrar unidade. No plenário, Dilma invocará o testemunho de ex-ministros, que são senadores, para Dos 9 que se encaixam nesta categoria, porém, 6 votaram para transformá-la em ré.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o senador Jorge Viana (PT-AC) disse: “Nós vamos até o fim, mas estamos vivendo um jogo de cartas marcadas”. Em concordância com o seu colega de partido, o senador Lindbergh Farias (PT_RJ) completou: “Ela tem certeza de que, se não vencer no Senado, vai ganhar essa batalha na história”.

Dilma defende a ideia de um plebiscito sobre o encurtamento do mandato, proposta esta que teria sido criticada pelo PT. A petista reforça que  a medida é o único instrumento para impedir a quebra democrática com o agravamento da crise política.

Foto: Agência Senado 

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

Leia também!

Alexandre de Moraes manda Polícia Federal na casa de Jair Bolsonaro, proíbe falar com próprio filho e acessar redes sócias, e mete tornozeleira eletrônica

O ex-presidente Jair Bolsonaro começou a usar tornozeleira eletrônica nesta sexta-feira (18), após ordem do …