Depois do julgamento que levou a presidente afastada Dilma Rousseff ao impeachment e a perda do mandato, o presidente interino Michel Temer (PMDB) tomou posse na tarde desta quarta-feira (31) em cerimônia no Congresso Nacional e assume em definitivo a Presidência da República até 2018.
Em entrevista ao UOL, Michel Temer disse que pretende colocar a geração de empregos como primeira tarefa de seu mandato. Conforme Temer, o momento é de “colocar o Brasil nos trilhos”.
“Agora nós inauguramos uma nova fase em que nós temos um horizonte de dois anos e quatro meses”. “E espera-se que nesses dois anos e quatro meses nós façamos aquilo que temos alardeado, ou seja, colocar o Brasil nos trilhos”, completou. “No mais, contestar a partir de agora essa coisa de golpista. Dizer: golpista é você, que está contra a Constituição”, rechaçou.
A chegada de Temer ao Congresso foi acompanhada de aliados, dos presidentes das duas casas legislativas, Renan Calheiros (PMDB-AL), do Senado, e Rodrigo Maia (DEM-RJ), da Câmara, e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Temer foi recebido com bastante assédio no plenário do Senado. Diversos deputados e senadores registraram fotos e selfies. No mesmo momento houve gritos de “viva o novo Brasil”, “viva a esperança” e “viva o Parlamento” por parte dos parlamentares que acompanhavam a sessão, que lotou o pequeno plenário do Senado.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, abriu a sessão e, em seguida, houve a execução do Hino Nacional. Após o momento patriótico, Temer prestou juramento constitucional e tornou-se efetivamente presidente.
“Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a União, a integridade e a independência do Brasil”
Ao final da sessão especial, Renan soltou para a Temer a frase “estamos juntos”, em áudio vazado do microfone ligado da mesa do plenário registrado pelas câmeras de TV.
Conforme informações do UOL não havia no plenário senadores que foram contrários ao impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil