As inscrições para os senadores que desejam questionar às testemunhas de defesa e acusação que serão ouvidas a partir de amanhã no julgamento final da presidenta afastada, Dilma Rousseff foram abertas a partir das 9h, na manhã de hoje (24). Ao todo, oito testemunhas serão ouvidas, duas de acusação, que abriu mão de indicar mais nomes, e seis da parte da defesa. Quatro das testemunhas serão ouvidas durante a sessão de julgamento nesta quinta-feira (25) e as outras quatro serão ouvidas na sexta (26).
Os registros feitos nesta quarta só tem validade para a sessão de amanhã, quando serão ouvidos o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo de Oliveira e o auditor de fiscalização do TCU, Antonio Carlos Carvalho, pela acusação. Em seguida, serão ouvidos o economista Luiz Gonzaga Belluzzo e o professor de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Geraldo Prado, pela defesa.
O presidente da sessão, ministro Ricardo Lewandowski, é o primeiro a inquirir as testemunhas. Em seguida, os senadores terão um tempo de seis minutos cada para fazer perguntas. Os advogados de acusação e de defesa têm 10 minutos cada. De acordo com o rito acordado entre Lewandowski e os senadores, essa fase deve terminar até a madrugada de sábado. Para facilitar os trabalhos serão ouvidas quatro testemunhas por dia durante as oitivas.
Nas horas iniciais de sessão, oito senadores, entre eles Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Vanessa Grazzition (PcdoB–AM) e Fernando Bezerra Coelho (PSB – PE), já estão inscritos para garantirem a fala logo no começo dos trabalhos
Blindagem – As testemunhas estão sujeitas a partir de hoje (24) a um aparato e esquema de segurança que terão que ficar em confinamento no Grand Bittar Hotel, um apartamento cinco estrelas a cerca de três quilômetros do Congresso Nacional. Hospedadas em quartos separados, elas estarão sem comunicação, proibidas de conversar entre si e sem acesso a TV, telefone ou internet.
Os depoentes ficarão em isolamento até sábado (27), de acordo com o rito do impeachment adotado pelo Senado, que se baseia no Código de Processo Penal.
Foto: Divulgação/Agência Brasil