
Durante a noite do Prêmio da Música Brasileira, Daniela Mercury tentou evitar questões políticas, mas não conseguiu. Questionada sobre a privatização das praias, ela se declarou totalmente contra e criticou o projeto de lei que equipara aborto após a 22ª semana a homicídio, mesmo em caso de estupro.
“Como o presidente vai vetar e provavelmente não vai passar no Senado, a gente ainda tem o Supremo Tribunal Federal. Mas isso mostra a cabeça da Câmara, com o que ela está preocupada em vez de a gente avançar em direitos”.
A cantora destacou que o projeto, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), é um ataque aos direitos das mulheres e crianças brasileiras.
“Eles estão preocupados em votar algo que é afrontoso contra as mulheres brasileiras, contra os direitos já adquiridos. Isso é um absurdo e fere a nossa alma”.
Ela concluiu sua crítica afirmando que um congresso machista e desrespeitoso não pode tirar direitos conquistados há mais de 40 anos. Para Daniela, enfraquecer os direitos das mulheres é um sinal claro de que a democracia está em perigo.
“Não podemos deixar um congresso machista e desrespeitoso como esse tirar os direitos conquistados pelas mulheres há mais de 40 anos. Em uma democracia, quando se tira o direito da mulher é porque essa democracia está enfraquecida”.