
A avenida Paulista voltou a ser o centro de um grande ato patriótico neste domingo (6), com a presença de Jair Bolsonaro e milhares de apoiadores vestidos de verde e amarelo. O ex-presidente convocou a manifestação para pressionar o Congresso a votar o projeto de anistia aos presos do 8 de janeiro.
O símbolo do protesto foi um batom – em homenagem à cabeleireira Débora Rodrigues, que ficou dois anos presa por pichar a estátua da Justiça com o item de maquiagem. “Só um psicopata para falar que aquilo foi tentativa armada de golpe”, disse Bolsonaro.
Ao lado de sete governadores e políticos da base conservadora, Bolsonaro abraçou a mãe de Débora no trio elétrico e lembrou que, se estivesse no Brasil naquele dia, provavelmente estaria preso ou “até assassinado”. O recado ao Judiciário foi claro: pediu votos para garantir maioria no Congresso em 2027 e, assim, abrir espaço para reagir aos absurdos cometidos por ministros do STF.
Michelle Bolsonaro pediu que as mulheres levantassem seus batons em sinal de resistência e fé. Tarcísio, apontado como um dos favoritos para 2026, lembrou que anistia é tradição na história do Brasil, defendeu Bolsonaro e disparou: “Se tá tudo caro, volta Bolsonaro”. Já Malafaia, sem papas na língua, chamou os generais do Alto Comando de frouxos e omissos, por não reagirem às perseguições.
A força do evento mostrou que Bolsonaro continua sendo o maior nome da direita brasileira, mesmo com a inelegibilidade forçada por um sistema aparelhado. Líderes como Romeu Zema, Caiado, Ratinho Jr. e Mauro Mendes estiveram presentes, deixando claro que o campo conservador tem quadros fortes para 2026.