
Na mesma sessão ordinária em que houve a apreciação e votação de um conjunto de projetos do Executivo, os vereadores aprovaram antes mesmo do final dos trabalhos na tarde desta quarta-feira (13), uma moção de repúdio, de iniciativa da vereadora Cátia Rodrigues (PHS), contra a exposição de arte Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, do Banco Santander, encerrada recentemente no Rio Grande do Sul, devido à pressão da sociedade que acusou a exposição de conter conteúdo que faz referência à pedofilia, zoofilia e blasfêmia.
O presidente da Câmara, vereador Leo Prates (DEM), havia afirmado que a Casa teria de votar uma moção de repúdio ao Banco Santander, uma vez que o Legislativo, mesmo tendo contrato com a instituição financeira, não pode compactuar com certos tipos de obraz depreciativas que incitem a violencia e a pornografia que denigrem os princípios e valores e a própria imagem da Casa Legislativa.
“É um absurdo o que Banco Santander fez, expondo o que eles chamam de obra de arte, desrespeitando as crianças e as famílias”, disse Leo Prates.
O vereador foi mais taxativo ainda sobre o Santander, banco que a Câmara mantém contrato. “A decisão que a Comissão de Reparação adotar em relação ao Banco Santander, inclusive a rescisão do contrato com a Câmara, terá o apoio dessa Mesa Diretora”.
Outros vereadores fizeram côro em defesa dos princípios e valores e apoiaram a decisão do presidente da Câmara, como os vereadores Cezar Leite (PSDB), Alexandre Aleluia (DEM) e parlamentares da bancada evangelica que votaram a favor da moção de repúdio contra o Santander por incentivar e financiar exposição que incita a pornografia e a violência. “Foi um absurdo a exposição do Santander Cultural, inclusive com a utilização de recursos públicos, da Lei Rouanet, foram quase R$ 1 milhão. Aquelas baboseiras que estavam sendo expostas agridem as famílias. Ou seja, nós temos um banco importante, multinacional, expondo figuras que fazem alusão a crimes como pedofilia e zoofilia”, repudia Cezar Leite.
A vereadora Lorena Brandão (PSC), que é evangelica de convicções cristãs, fez duras críticas à instituição financeira. “Essa exposição nos envergonha, o Brasil inteiro está indignado com isso. Concordo que o contrato da Câmara com o Banco Santander seja revisto. Hoje, me sinto envergonhada de ser cliente do Santander”.
A autora da moção de repúdio, vereadora Cátia Rodrigues (PHS), foi na mesma linha dos demais vereadores que repudiaram a prática adotada pelo banco de financiar atos que incitam a violência. “Agradeço aos vereadores que defendem princípios e valores de família por terem aprovado essa moção de repúdio em respeito aos pessoas de bem da nossa sociedade”, reconhece a vereadora.
Para o vereador Kiki Bispo (PTB), faltou bom senso ao banco ao realizar a exposição. “Fiquei indigando, como a maioria dos cidadãos brasileiros, pela falta de critério, sem nenhum limite de censura, desrespeitando as famílias. Sou totalmente favorável a rescindir o contrato da Câmara com o Santander, pois foram feridos todos os princípios básicos que regem o contrato do banco com a Casa”. Ao falar no microfone na mesa diretora no plenário da Casa, o ptbista manifestou repúdio contra o banco e defendeu o cancelamento do contrato entre a Câmara e a instituição financeira.
Já a vereadora Ana Rita Tavares (PMB) foi além ao declarar que vai tomar medidas e providências judiciais cabiveis contra o Santander. “Eu vou ajuizar uma ação contra o banco e as instituições religiosas deveriam fazer o mesmo para acabar com esse banco”, dispara Ana Rita.