Em sessão polêmica marcada por embates e protestos, vereadores aprovam por 29 votos a 10 projeto do REDA na noite desta quarta

 

Com ânimos exaltados, os vereadores de Salvador discutiram e aprovaram projeto do Executivo que cria o Regime Especial de Contratação de funcionários (REDA) nesta quarta-feira (15), em uma sessão acalorada e acirrada por polêmicas, embates e protestos de vereadores do governo, da oposição e de trabalhadores terceirizados. Na sessão, que teve um quórum de 39 vereadores presentes, com as ausências de Igor Kannario, Lorena Brandão e Paulo Câmara), o projeto foi aprovado com 29 votos a favor e 10 contra. Três emendas, duas do líder do governo, Henrique Carballal (PV), e outra de Edvaldo Brito (PSD), foram incorporadas no texto original.

A discussão se estendeu por mais de três horas de sessão até a votação. Para os vereadores da base do governo ligados ao prefeito ACM Neto, o projeto garante a economia de recursos para o município, mas para os vereadores da base da oposição, a aprovação da proposta gera demissão e retira direitos de trabalhadores, a exemplo do FGTS, como crítica do vereador Luiz Carlos Suica (PT), que e um legitimo representante dos terceirizados. “O REDA é nocivo aos trabalhadores terceirizados”, afirma Suica.

A oposição ameaçou entrar com obstrução para impedir a votação do REDA durante a apreciação, discussão e votação do projeto. Os lideres da oposição, vereador José Trindade (PSL),  e do governo, vereador Henrique Carballal (PV), se enfrentaram no embate bastante acalorado e acirrado que marcou a sessão nesta quarta.

Em seu discurso ácido, o vereador Carlos Muniz (PTN) indossou as palavras de Suíca ao considerar a proposta como “nociva ao trabalhador”. Já o líder da oposição, José Trindade (PSL), disse em seu discurso inflamado que o projeto “era mais uma malvadeza” do prefeito ACM Neto (DEM). Ainda na sua fala, o líder da minoria lembrou o fato de o secretário de Gestão, Thiago Dantas, não comparecer à Câmara para prestar esclarecimentos sobre a matéria, como havia sido acordado.

Carballal rebateu as declarações dos contrários. Disse que o projeto trará uma economia estimada em R$ 100 milhões, já que os terceirizados serão substituídos pelos contratados via Reda. Atualmente, segundo ele, a prefeitura tem 10.896 terceirizados e cerca de 3,5 mil serão substituídos. “Tudo por meio de uma seleção. Lá atrás o governo do Estado fez a mesma coisa e a oposição não falou nada”, pontua.

O líder do PT, Luiz Carlos Suíca, negou a informação. Suíca esclareceu que, quando o governo fez a mudança, convocou o Ministério Público do Trabalho e representantes dos sindicatos para dialogar e chegar a um acordo.

A oposição na Câmara amarga a primeira derrota ao não conseguir barrar a votação do projeto do REDA aprovado pela maioria da base do governo na Casa que consegue vitória para o prefeito ACM Neto com Leo Prates no comando do Legislativo Municipal.

Mathias Jaimes e Rafael Santana

Sobre Emmanuel

Como me defino? Pernambucano, católico e ANCAP. Sem mais delongas... " Totus Tuus Mariae". "... São os jovens deste século, que na aurora do novo milénio, vivem ainda os tormentos derivados do pecado, do ódio, da violência, do terrorismo e da guerra..." Um adendo: somos dois pernambucanos contra um "não-pernambucano". Rs

Leia também!

Téo Senna celebra entrega de nova praça no bairro Santo Agostinho

O vereador Téo Senna (PSDB) participou, na noite de terça-feira (15), da entrega da nova …