Em espaço dedicado às mulheres que fazem e desejam fazer história, o PTB Mulher reuniu lideranças, palestrantes e público em geral no Encontro promovido pelo movimento feminino estadual do partido, na noite de sexta-feira (17), no auditório do Edifício Empresarial Convention Center, no Cidadella, onde abordou e discutiu o tema ‘A História da Mulher na Arte Universal’. A ideia do evento foi propor um espaço de diálogo com foco no debate sobre o papel, os desafios e as adversidades enfrentadas historicamente pelas mulheres, principalmente, no cenário político e social.
Participaram do encontro a presidente estadual do PTB Mulher, Taíssa Gama, a presidente do PTB Mulher de Salvador, Tia Cris, a presidente do DEM Mulher, Natascha Roddewig, e o historiador, professor e coordenador da Juventude na Prefeitura de Salvador, Rafael Dantas, além de lideranças femininas e demais convidados.
Com o tema ‘A História da Mulher na Arte Unversal’, o encontro contou uma programação pautada por exposições através de palestras com discussões sobre a questão. Na mesa redonda, o historiador Rafael Dantas expôs reflexões e análises sobre a atual condição das mulheres no Brasil no contexto político e social.
Conforme a presidente estadual do PTB Mulher, Taíssa Gama, o Encontro destacou a relevância de mulheres que apresentam uma trajetória de enfrentamentos e que visam uma sociedade mais justa e igualitária para fazerem história, mesmo diante de uma realidade em que elas são historicamente discriminadas pela sociedade.
“A gente está desenvolvendo uma série de eventos no PTB Mulher, justamente, para mostrar que a gente não quer cumprir apenas cota das mulheres na política. A gente quer que elas ocupem um papel nesse cenário político tão importante”, destaca Taíssa.
Dentre os temas recorrentes no debate destacam-se: panorama da visibilidade da mulher na história com observação sobre a história da arte, as primeiras representações femininas, o protagonismo das mulheres enquanto artistas, os movimentos feministas, a conquista dos direitos femininos, além de violência contra a mulher, desigualdade de gênero no mercado de trabalho, assédio e desrespeito.
O historiador e professor Rafael Dantas, que é também Coordenador de Juventude na Prefeitura de Salvador, enfatizou a temática que envolve exclusivamente a mulher na politica, dando uma contribuição significativa ao debate. O professor destacou que a ação das mulheres em busca de direitos e liberdade deve ser uma constante mediante os retrocessos que sempre são impostos pelas conjunturas políticas e sociais. Ele fez ainda um destaque ao protagonismo das mulheres enquanto artistas até a chegada dos séculos XIX e no século XX com os movimentos feministas e a conquista dos direitos femininos que mobilizou mulheres, além de fazer também uma reflexão sobre a importância de mulheres que deixaram um legado de luta e resistência para a história, a exemplo de Tarsila do Amaral.
“Eu fiz um panorama da visibilidade da mulher na história com observação sobre a história da arte, ou seja, como tudo isso começou, antes das primeiras representações femininas, o momento em que os grandes artistas representam as mulheres, e depois, mostrando o protagonismo das mulheres enquanto artistas, com destaque a algumas mulheres, contextualizando com os períodos em que elas participavam até chegar no século XIX e no século XX com os movimentos feministas e a conquista dos direitos femininos, dando destaques para as obras de Tarsila do Amaral e as exposições de fotografia de Sebastião Salgado”, resume Dantas.
Para mostrar todo o seu engajamento de luta em favor da comunidade, a presidente do PTB Mulher de Salvador, Tia Cris, forte liderança na região de Bariri/Plataforma, destacou atuação no social como sua principal bandeira para a efetivação da cidadania no sentido de marcar história na vida da comunidade.
“Tenho um trabalho social na comunidade com crianças e adolescentes na área cultural e esportiva, mas também, trabalho para conseguir asfalto, iluminação etc. São 20 anos com esse trabalho na comunidade de Bariri/Plataforma. A minha bandeira sempre foi e sempre será o socio-comunitário. O meu apelo é para que se invista mais no socio-comunitário, no trabalho social, porque é difícil, não tem dinheiro, mas às cinco horas da manhã, o pessoal já está na porta para pedir. O social é uma bandeira que eu nunca vou deixar”, defende Tia Cris.
Mathias Jaimes (DRT/BA 5674) e Rafael Santana (DRT/BA 2932)