
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) tem se destacado mais por seus tropeços verbais do que por ações efetivas. Nesta semana, ao criticar o aumento da tarifa de ônibus em Salvador, acabou citando o transporte entre a capital e Simões Filho, que é de responsabilidade do governo estadual. A gafe repercutiu negativamente e evidenciou sua desconexão com a gestão pública.
Além disso, ao acusar ex-prefeitos de má condução na transição de mandatos, esqueceu que sua própria aliada, Moema Gramacho (PT), deixou Lauro de Freitas em estado de calamidade. A nova prefeita, Débora Regis (União Brasil), herdou uma prefeitura com folha atrasada, dívidas milionárias e caos administrativo.
Enquanto isso, a violência no interior do estado segue alarmante. Em Jequié, oito pessoas foram assassinadas em um único fim de semana, resultado de confrontos entre facções criminosas. O reforço policial só chegou após a tragédia, repetindo o padrão de reatividade do governo, que tem sido apelidado de “Dilmo, o governador Barrichello” por sua lentidão.
A mesma postura foi vista em Eunápolis, no final do ano passado, quando uma fuga em massa de presos deixou a cidade em pânico. A segurança pública segue sendo um dos maiores desafios, e o governo parece incapaz de lidar com a situação.
Para completar, Jerônimo admitiu que pretende aumentar o preço da passagem do metrô, dias após criticar o reajuste dos ônibus em Salvador. Ele não menciona, porém, que a maior parte da tarifa de integração vai para a operação do metrô, administrado pelo governo estadual. Além disso, o PT se recusa a conceder subsídios ou isenções de impostos sobre o diesel, penalizando ainda mais os baianos.
A falta de coerência e a postura de jogar a culpa nos outros estão afastando cada vez mais o governador de sua base de apoio.