A CBF, em um gesto raro de transparência, admitiu que houve um erro significativo na não marcação de um pênalti a favor do Grêmio em sua partida contra o Corinthians.
Era o fim do jogo, e o atacante Yuri Alberto, do Timão, pareceu bloquear a bola com o braço dentro da área. O clamor dos jogadores gremistas foi instantâneo, pedindo pela penalidade. O esperado seria que o VAR entrasse em ação para corrigir o lance, mas, contra todas as expectativas, a equipe do VAR decidiu que tudo estava dentro da normalidade.
E o que a CBF disse sobre isso? Em palavras claras e diretas: “O atleta de nº 9, em ação de bloqueio com o braço, em posição antinatural e aumentando seu espaço corporal, intercepta cruzamento à área. O bloqueio da bola com o braço, nesta ação, caracteriza infração de pênalti.” Ou seja, sim, o Grêmio tinha razão.

O mais surpreendente dessa história toda é que a CBF não se limitou apenas a reconhecer o erro. Ela trouxe à luz os áudios da conversa entre o árbitro Wilton Pereira Sampaio e a equipe de arbitragem de vídeo. No diálogo, ouvimos Emerson de Almeida Ferreira, o comandante do VAR, afirmar que não via “intenção” por parte de Yuri Alberto em bloquear a bola. Já Michel Patrick Costa Guimarães, o Assistente VAR 2, tentou argumentar que o braço do atacante corintiano estava, de fato, muito aberto. Mas, Emerson, firme em sua decisão, discordou.
O ápice da conversa foi quando Emerson se comunicou com Wilton, o árbitro principal, dizendo que o lance tinha sido checado e que ele poderia continuar com o jogo. E assim, o jogo seguiu.
Como consequência desse grande erro, a equipe do VAR foi afastada pela CBF. Quanto ao árbitro Wilton, sua situação será avaliada de maneira mais detalhada.
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